domingo, 27 de dezembro de 2009
Que venha 2010!!!
E como estou com medo de no dia 31 também não conseguir postar minha última mensagem do ano, preferi antecipá-la.
Hum... Começemos então com os desejos para 2010:
1. Arranjar um excelente emprego;
2. Encontrar um príncipe e parar, definitivamente, de beijar sapos;
3. Ter muita saúde, manter-me linda, maravilhosa e gostosa (e, sobretudo, modesta, percebam hehehe).
Ok, vou flexibilizar um pouco...
1. Arranjar um emprego (desde que não seja em Call Center... Por favor, Deus, algo como aquele umbral de novo não...);
2. Não beijar mais sapos (ok, também não precisa ser nenhum príncipe, não se tratando de um psicopata manipulador, com a barriga do tamanho equivalente a uma gestação de cinco meses, já está de bom tamanho);
3. Ter saúde e conseguir, pelo menos, manter a minha escova progressiva por mais de quatro meses intácta.
Está bem... Vou ser mais humilde em meus pedidos...
1. Arranjar um emprego;
2. Não beijar mais sapos (está bem, eu me conformo que ele tenha uma barriga do tamanho equivalente a uma gestação de cinco meses, até seis, eu não me importo... Mas não abro mão de que não seja um psicopata manipulador);
3. Ter saúde, mesmo com um resfriadozinho lá pelo mês de junho...
Brincadeiras à parte, espero que o próximo ano venha com todas as bençãos e alegrias que Deus poderá nos agraciar! Que venha 2010!
Ah... Finalmente!!!
Eu juro que tentei escrever uma mensagem no Natal, aliás, minha revolta é ainda maior por se tratar ,também ,do meu aniversário!!! Isso mesmo, meus amigos, há 29 anos, enquanto a maioria das pessoas estava comendo um delicioso peru, minha mãe estava parindo (é que ela comeu o dela nove meses antes... hehehe...) Aff... piadinha infame, eu sei. Mas estamos em clima de fim de ano, e a gente pode tudo!!! Oba!!! Tudo bem, eu estou sóbria, não se preocupem...
A página de acesso a meu blog ficou indisponível e, por isso, mesmo consciente de que, a essa altura, não tem mais a menor graça, eu vou deixar o meu registro assim mesmo! !!
Feliz Natal e Parabéns para mim!!!
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Coisas feias que se vê/ouve por aí...
Esses dias resolvi conceder férias a mim mesma. Estava muito cansada, com algumas coisas para resolver, estava precisando mesmo dar uma pausa.
Fiquei aqui vendo uns vídeos no youtube, não buscava nenhuma novidade, apenas umas versões diferentes de musicas que poderia baixar depois.
Tenho consciência de que estou longe de ter visto/ouvido de tudo nessa vida, mas, embora não duvide de mais nada (principalmente depois de ter passado por um Call Center), eu consegui me surpreender com mais um absurdo que, provavelmente, fará parte do conjunto de coisas estranhas que circulam na internet : Britney Spears cantando Best Sunday Dress do Hole.
Meus amigos, essa foi uma das coisas mais feias que eu já ouvi em toda minha vida!
Primeiro porque a sua voz é irritantemente desagradável. Segundo porque ela estava a fazer um cover de uma musica interpretada originalmente por Courtney Love (que independente do que faça da sua vida pessoal, canta muito, isso é indiscutível). E o pior de tudo é que ela tentava “imitar” a voz e o estilo da outra e, querendo parecer "roqueira", inevitavelmente, caiu no ridículo.
Mais uma cagada que ela deve ter feito durante a fase de “surto” (na mesma época em que ficou careca e quase perdeu a guarda dos filhos, etc).
Não contente em gravar Best Sunday Dress ela também gravou Violet (mas essa eu não aguentei ouvir).
Não consegui postar o vídeo (na verdade é só o áudio em meio a cenas de outros vídeos dela), então, segue o linque:
http://www.youtube.com/watch?v=Ouut1c_5Jxk
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Ave Maria X Pagodão
Encontrava-me aqui concentrada, refletindo sobre minha vidinha, nesse horário “fino”, como diz minha avó. Eram 18:00 horas, e começou a tocar a Ave Maria no rádio, o que só contribuiu para que minha mentalização se tornasse ainda mais significativa. Eis que, de repente, passou um carro com o som a toda altura, tocando um pagodão...
Eu até tentei continuar prestando atenção na Ave Maria e em meus pensamentos, mas não foi possível, porque eles eram interrompidos pelo refrão, que prefiro não comentar, pois agora eu não faço mais uso de palavrões (é que eu estou elevando o nível de meu blog).
Poxa, tudo bem que aqui é o universo dos pagodeiros, eu já estou até acostumada, mas precisa ser justamente no horário da Ave Maria? Aí é sacanagem... Ops, escapuliu um palavrão... :) Deve ser a influência daquela musica (e é musica mesmo?) até agora em meus ouvidos...
Quando percebi que minha mentalização tinha perdido a credibilidade, foi inevitável não lembrar da célebre frase de nosso ex governador Otávio Mangabeira: “pense num absurdo, na Bahia há precedente“.
Começei a rir. Fim de mentalização.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Metallica no Brasil!
Acho que minha admiração pelo Metallica começou quando eu, ainda na adolescência, tive um namorado que era, simplesmente, a cara do James Hetfield (vocalista da banda).
Depois dele, ainda tive a sorte de namorar outro que, em nada se parecia com eles, mas, também era fã.
Rolará um show em 2010 e eu, novamente, assim como o que ocorreu há aproximadamente 10 anos, também não irei. Primeiro porque, segundo meu próprio ex (em conversa recente que tivemos): “para ir a um show desses você teria que, em primeiro lugar, encontrar alguém que tomasse conta de você”.
Fiquei feliz pela sua preocupação comigo (embora tivesse deixado claro que não se reposabilizaria nem se ainda estivéssemos juntos), porém, desolada por meu perfil de “biscoito fino” não combinar com tudo aquilo a que eu estaria exposta no show e, consequêntemente, fazer com que eu perca mais uma oportunidade.
Eu nunca fiz o estilo “metaleira”, talvez por isso a surpresa de muitos leitores. Mas, sim, eu gosto do Metallica, e minhas musicas prediletas são: Nothing Else Matters, One,The Unforgiven (todos), Hero Of The Day, The Memory Remains, Bleeding Me e a melodia de Fade to Black (alguém já teve oportunidade de ouví-la apenas no piano?).
O fato é que eu vou tentar ouvir os meus CDs, principalmente os que eu mais gosto, o “SM” (um álbum duplo que foi gravado com a Orquestra Sinfônica de São Francisco); absolutamente lindo! E o Load (que embora os fãs da velha guarda tenham criticado, justamente por caracterizar o princípio de algumas mudanças significativas no estilo do repertório, eu adorei).
O Black Álbum, considerado um clássico, eu não pretendo escutar pois me lembrarei que o recebi no dia dos namorados do ano de 2001 daquele ingrato que não quer me levar para o show com ele!!! Hahahahaa
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Pérolas
Não foi a primeira vez que recebi o e-mail que relata algumas dúvidas de clientes, ao entrarem em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC , de algumas empresas bastante conhecidas.
Só quem já trabalhou com atendimento ao público é que pode dizer que já viu/ouviu de tudo nessa vida. E por ter estado por cinco anos no call center de uma grande companhia de telefonia celular, sou capaz de acreditar, piamente, na veracidade dessas “pérolas” em questão.
EMPRESA: LUPO
Olá, recentemente adquiri três cuecas da Lupo, modelo Speedo. Acontece que após um dia de uso, a hora que eu tiro a cueca, ninguém aguenta o cheiro. A Valdirene, que é empregada de casa, disse que não vai lavar as cuecas por causa do odor, minha mãe também. Meu pai disse que pode ser problema de fungo na virilha ou coisa assim, mas isso não é, porquê tenho boa higiene. O que faço ??? Pode ser problema na fabricação das cuecas? Daniel
Resposta: Prezado Sr. Daniel , Agradecemos seu contato e sua preferência por nossos produtos. Informamos que seu relato sobre as cuecas é inédito. Acreditamos não se tratar de problema em nossa fabricação, pois nunca tivemos nenhum problema desse tipo e trabalhamos com matérias-primas de qualidade. Atenciosamente, SAC - LUPO
EMPRESA: PHILLIPS
Olá, comprei um Philishave Micro Action Dupla Ação HQ 342 há algumas semanas e por necessidade resolvi usá-lo na região do saco escrotal, mas não obtive muito sucesso. Além da forte dor, notei pequenos cortes. Como não fui feliz em minha tentativa e tenho certeza que várias outras pessoas também passam por necessidades pessoais como essa, gostaria de deixar a minha sugestão para elaborarem um produto específico para esse fim. Se possível, para a região anal também. Desde já agradeço e aguardo retorno. Gilbert.
Resposta: Prezado Sr. Gilbert, com referência à solicitação feita, informamos que este aparelho trabalha com lâminas que cortam bem rente a pele, neste caso, o saco escrotal possui uma pele bem fina e sensível, além de ser bem enrugado também, e por este motivo o senhor sentiu dor e teve pequenos cortes. Pedimos encarecidamente para o senhor não tentar barbear o seu ânus com o aparelho pois os resultados podem ser desastrosos. Contamos com sua compreensão. Atenciosamente, Vinicius Decia CIC - Centro de Informações ao Consumidor Philips e Walita 0800-701-0203 - E-mail: cic@philips. com.br
EMPRESA: SOUZA CRUZ
Bom dia, gostaria de fazer uma reclamação. É sabido por todos que o cigarro é prejudicial à saúde devido a presença de alguns produtos químicos que podem causar diversas doenças. É óbvio que vocês, assim como eu, sabem disso. Minha reclamação se refere ao fato de minha sogra ser fumante há trinta anos e até agora não ter tido nenhum, nenhum mesmo, tipo de doença relacionada ao consumo d e cigarro até agora... Considero isso lamentável, pois eu compro tres maços de cigarro Derby pra ela por dia e até agora nada. E isso já faz dez anos!!! Apesar de desapontado com os resultados obtidos, pretendo continuar comprando para ela os cigarros dessa marca, pois não concordo com a pirataria de cigarros que tanto prejudicam o operário público. Dessa forma gostaria de ser informado sobre qual é o produto mais cancerígeno dessa empresa. Respeitosamente, André
Resposta: Sr. André, agradecemos seu contato, o que muito nos honrou pela lembrança de nossa empresa. A Souza Cruz tem por princípio se comunicar somente com adultos. Para que possamos dar uma resposta sobre sua solicitação necessitamos comprovar a sua maioridade. Pedimos, por gentileza, que nos redirecione este e-mail informando o seu nome completo, o nr. do CPF, sua data de nascimento e telefone (com DDD), que entraremos em contato. Ainda para sua conveniência, colocamo-nos também à disposião para maiores informaões através do telefone 0800 888 2223 (discagem gratuita) nos dias úteis, de segunda-feira sexta-feira, das 8:00 às 20:00hs ou acesse o site www.souzacruz. com.br . Atenciosamente, Serviço de atendimento ao consumidor Tel: 0800 8882223 (discagem gratuita) sac@scruz.com. br
EMPRESA: TAURUS
Olá, recentemente um grande amigo meu me pregou uma baita peça, e eu preciso descontar. Como possuo uma spingarda modelo Delta, calibre 4,5 mm , gostaria de saber qual distância seria segura para dar um bom susto nele, ou seja, atirar, mas não para matar. Será que vocês poderiam me orientar ??? Tenho medo de fazer alguma besteira. Obrigado, forte abraço.
Resposta: Prezado Senhor, nossa orientação é de que o senhor não atire em seu amigo, mesmo que de brincadeira. Uma das regras de segurança para manuseio de armas é bastante clara: 'Nunca, em nenhuma hipótese, aponte qualquer arma, carregada ou descarregada, para qualquer pessoa ou coisa que você não deseje atingir ou destruir. Atenciosamente, Departamento de Marketing Forjas Taurus A
EMPRESA: SADIA
Muito obrigado pela atenção. Há muito tempo venho utilizando a Lingüiça Sadia como parceira sexual. Celibatário e homossexual por op ção, gostaria de opinar sobre uma possível mudança na textura da mesma, que poderia apresentar sua superfície em alto relevo e um aumento do seu diâmetro, para aumentar o prazer. Seria possível?? Há alguma contra indicação para a penetração anal? Há alguma substância na salsicha que não seja indicada para isso?
Resposta: Caro consumidor, A salsicha Sadia não é prejudicial em nenhuma circunstância. Mas recomendamos utilizá-las apenas na culinária, pois existem produtos no mercado que atendem mais efetivamente os seus interesses. Atenciosamente, Patrícia Galvão Relações com o Consumidor - Sadia
domingo, 29 de novembro de 2009
Acho que é isso.
Prá Começar
Marina Lima
Composição: Marina Lima e Antonio Cícero
Pra começar
Quem vai colar
Os tais caquinhos
Do velho mundo
Pátrias, Famílias, Religiões
E preconceitos
Quebrou não tem mais jeito
Agora descubra de verdade
O que você ama...
Que tudo pode ser seu
Se tudo caiu
Que tudo caia
Pois tudo raia
E o mundo pode ser seu
Pra terminar.
Quem vai colar
Os tais caquinhos
Do velho mundo...
Uma amiga para chamar de minha.
O diálogo, que parecia costumeiro, tomou proporções que foram além do que qualquer uma das duas imaginava.
Depois de momentos assim, como perder a crença no ser humano?
A minha amiga, tão diferente, a pessoa com a qual eu jamais poderia pensar, quando nos vimos pela primeira vez, nesta vida, em ter qualquer tipo de vínculo, conheceu o lado obscuro de minha doce vida de biscoito fino.
Não revelou-se surpresa, propriamente, mas, talvez, unicamente por saber disfarçar muito bem as emoções.
Pois bem, esta sou eu, minha amiga. E eu acredito em você quando disse que nunca pensou. Mas, se pensasse, teria todo direito, afinal, nem todos vão além do previsível. Para mim, foi suficiente você não julgar.
OBS.1: Para aqueles que sugeriram que esse papo foi uma espécie de “momento lésbico”, desistam: mesmo que eu me sentisse atraída por mulheres, ela é muito baixinha para meu gosto. :)
OBS.2: Também nunca me droguei ou prostituí, podem relaxar! :)
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
O gosto pelo amargo
Ontem dei uma pausa. Na verdade não conseguia me concentrar e não entendia mais nada do que estava lendo. Sentei-me em um local arejado, respirei fundo e senti o vento. Pedi um café forte e coloquei apenas um pouquinho de açúcar para minimizar o amargor. Fui saboreando, sentindo a espessura da bebida, diferente da que fazemos em casa.
Fiquei imaginando que se eu não gostasse tanto do amargo, não apenas do café, talvez eu não estivesse apoiando a minha xícara em uma mesa branca de plástico, mas, em uma dessas ovais, grandes, típicas de importantes reuniões.
Lembrei-me da compoteira de cristal, cujos pedaços jamais seriam colados, que eu trazia às mãos, ainda pequeninas, assumindo meu crime, com a audácia que me é peculiar até hoje. Por que não deixei o tempo passar e, somente quando o erro fosse descoberto, apenas por sabermos que mentira tem pernas curtas, atribuí a culpa a empregada?
Pensei em quantas vezes, na adolescência, levantei a voz e o dedo indicador, a fim de sustentar a verdade, quando poderia ter me limitado a uma convincente desculpa, que disfarçaria perfeitamente o que, no fundo, todos tinham de saber. Não teria sido bem mais fácil dissimular?
Ao demonstrar-se admirado frente a maneira como eu defendia as minhas convicções, sinto que ele teve medo de que tudo não passasse de falso moralismo. E ainda que tivesse sido um elogio, mais uma vez pequei por não ter medo de me expor exatamente como sou. Se me mantivesse calada, quem sabe a noite tivesse sido ainda mais agradável, pois, cada sem número de palavras implicava um beijo a menos.
Voltei ao café. Acho que da próxima vez colocarei mais uma ou duas colheres de açúcar. Ou talvez deixe que o biscoito doce continue contrastando com o gosto pelo amargo.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Rumo aos bouquets!!!
Esses dias tenho ajudado uma amiga, que irá se casar no mês que vem, com os últimos ajustes para a cerimônia, principalmente no que diz respeito à sua produção (vestido, grinalda, acessórios, etc...).
Ao vasculhar a internet atrás de modelos de bouquets para sugerir a ela, encontrei essa linda imagem postada acima. Depois de passado o efeito da gargalhada, veio a inspiração e eu não poderia deixar de escrever algo sobre isso, afinal, devo confessar que, embora minha “ridiculice” (palavra inventada por um amigo, exclusivamente para mim) nunca tenha chegado à esse extremo, já cheguei bem perto de constrangimentos desse nível ao tentar agarrar um bouquet e não soltá-lo nunca mais...
Uma vez quase rasguei meu vestido ao esticar muito os braços a fim de que minhas chances aumentassem um pouco. Quando digo quase, significa que não houve perda total da roupa, e eu ainda pude usá-la novamente em outras festas, após uns ajustes... Mas isso foi o máximo que minha memória registrou. : )
Reconheço ser extremamente incoerente essa luta incessante por um ramalhete de orquídeas, rosas, ou qualquer outra. Sim, bouquet, nome chique que não passa de um monte de florezinhas (muitas vezes artificiais) que não servirão para nada alem de alimentar em nós a falsa sensação de conforto ao acreditarmos que, por causa dele, existirá a idéia de sermos a próxima a realizar o grande sonho.
Mas o que se há de fazer? Lutar contra uma tradição que, de certa forma, garante alguns minutos de descontração? Também não minto que me divirto horrores disputando bouquets. Acho engraçado os olhares desesperados das outras moças quando, espantadas por minha altura (1,80m) intimidam-se, e, geralmente, mandam-me para a última fileira de solteiras... É óbvio que o bouquet será barrado antes mesmo de chegar até mim, afinal, lá do fundão, a única coisa que pode vir às minhas mãos é algum enfeite de cabelo, de uma das desequilibradas da frente, que eventualmente despencará, em meio aos movimentos bruscos, ou algo do tipo.
Para o casamento dessa amiga, já estamos combinadíssimas: ela me prometeu mirar em minha direção, mesmo que tenha que jogar com mais “ânimo” para que ele chegue láááá atrás, onde, provavelmente, eu me encontrarei.
Será que obterei sucesso dessa vez? Bem, se não for agora, outros planos infalíveis virão... E rumo aos bouquets!
sábado, 7 de novembro de 2009
Sugestões de presentes...
domingo, 1 de novembro de 2009
Feliz dia de todos os santos!
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Para reflexão!
Preconceito, Estigma, Mídia e Ordenamento Jurídico.
Dr Luiz Carlos D. Formiga
O estigma não é da pessoa, mas chega antes dela. Em hanseníase associamos a persistência da doença ao leproestigma, que interfere na manutenção da enfermidade por trazer dificuldades para o seu tratamento.
O preconceito começa na linguagem, transfere-se para a atitude e aparecem os níveis de afastamento. Surge o ato de evitar; a discriminação e a segregação. Arthur Ashe, atleta do tênis mundial, escondeu sua condição porque "tinha medo do estigma que é insuportável" (1).
"Espertinhos" usam o preconceito, o estigma, em proveito próprio. Por isso temos que desconfiar, pois nem sempre os interesses são tão nobres. Alguns "sadios" encaram o leproestigma como excelente fonte de rendimentos divulgando cartas, anúncios, etc (os chamados bate-gatos) que apelam para a caridade alheia. Não se importam com o doente, com a doença, com os preconceitos que a envolvem e muito menos com as perspectivas futuras (2).
Essas pessoas e aquele que se apresenta como "pobre leproso" são menos evoluídas que Nicolau, marido de Norberta.
Nicolau era um fariseu. Amava apenas a família consangüínea. Nascera numa época de constantes crises. Passou pelo período infanto-juvenil cercado por problemas financeiros. Assim, "aprendeu" observar comportamentos. Ficou-lhe clara a idéia de que a natureza humana é egoísta, malvada, sem remédio e que a sociedade nunca superará a fase Caim & Abel. Com a idade madura consolidou-se a idéia de que o fim justifica os meios (3).
Uma pessoa recebe uma carta de um pobre leproso que passando por necessidades solicita ajuda em dinheiro. Há endereço, em outro estado, e um número de Caixa Postal. Posteriormente descobre-se que se passa de um golpe, nem sempre em dezembro. No Natal os corações e a bolsa se abrem com mais facilidade. Será que no futuro os "espertinhos" irão aperfeiçoar o bate-gato na mídia criando o 171 religioso? Uma coisa é certa, vai ser difícil enquadrá-los no código penal.
Os adeptos de religiões, que se originaram na África, devem sentir profunda dor na alma diante das agressões verbais via rádio e TV. Este tipo de comportamento que produz marcas infamantes aponta para o desconhecimento do universo do império da lei. Com a liberdade divorciada da responsabilidade pode-se atacar pessoas e/ou religiões, com a "demonização" (4) como técnica. Não é necessário doutoramento em Ciências Jurídicas para perceber que se trata de manobra perigosa, principalmente porque atenta contra a paz e desrespeita direito fundamental.
No dia 07 de Janeiro, comemorou-se o dia da Liberdade de Culto. A religião é uma forma de preservar a identidade. Ela pode sofrer transformação parcial, incorporando elementos de outras religiões. Isto aconteceu com a Umbanda e o Candomblé, que fazem hoje parte da cultura brasileira. Sabemos que Gilberto Gil, compositor, ministro na área da cultura, possui profundo respeito pelas religiões afro-brasileiras. É ele quem nos adverte: "Se eu quiser falar com Deus, tenho que calar a voz. Tenho que encontrar a paz".
Em 1988, no preâmbulo da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB 88) o constituinte original permitiu interpretar que o Estado é laico, mas não é ateu: "Promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da Republica Federativa do Brasil".
Nossa Constituição consagra como direito fundamental a liberdade de religião. Assim, o Estado deve proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa sem intolerância e fanatismo. Apesar da norma, as agressões parecem não ter fim.
Monteiro - em Deus não Sobe em Palanque (5) - alerta: "no fundamentalismo religioso e político residem os maiores perigos. Isto porque os seus líderes procuram fundamentar-se apenas em algumas partes ou interpretações convenientes, geralmente de suas doutrinas religiosas ou idéias políticas de modo exacerbado, alimentando o fanatismo. E podemos constatar no mundo atual que o fundamentalismo está sempre aliado à intolerância e ao desrespeito ao cidadão, pois seus fomentadores, na tentativa de conseguirem seus objetivos, passam por cima da ética e da moral sem nenhuma cerimônia".
Devemos enfatizar que "o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais" (CRFB 88, art 215).
Almeida (4) lembra que a mídia tem sido amplamente utilizada pelas religiões com o intuito de arrebanhar mais fiéis e de levar a espiritualidade a pessoas que não possam ir às igrejas, sinagogas, templos e etc. Entretanto, o espetáculo de religiosidade e de amor ao próximo vem se transformando num circo de horrores, onde os ataques às outras religiões são marca comum. Isto extrapola o direito de manifestação religiosa. Em nome da liberdade de expressão, as garantias constitucionais estão sendo distorcidas.
Impossível negar a influência da mídia. (6, 7)
Médicos estudaram a variação do número de óbitos em adolescentes na grande área de Nova Iorque duas semanas após a projeção de quatro filmes de suicídios. Publicaram os resultados em setembro de 1986 no New England Journal of Medicine. O número estatisticamente significativo de suicídios foi maior no período que sucedeu à projeção de tais filmes, do que no período que o antecedeu.
O aparecimento de uma informação inadequada na televisão pode destruir o trabalho de muitos anos de investimentos e esforços dirigidos à educação. Com a mídia muitos acabam confundindo amor e sexo.
Os que assistem aos programas podem não ter a intenção de aprender, mas aprendem, e acabam sendo manipulados.
O Jornal de Pediatria (1995) discutiu o papel do erotismo na televisão, como fator disfuncional na educação sexual da juventude. Na televisão os adolescentes encontram informações que satisfazem a sua curiosidade acerca do mundo sexual dos adultos. Isso ocorre por um processo de erotização cada vez mais explícito, que abusa de uma liberdade de expressão e veicula informações sexuais de todos os tipos.
Almeida (4) recorda que a lei 7.716 de 1989 trata do preconceito de cor e de raça, mas em seu art. 20 torna punível a conduta de "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de religião". O mesmo autor não faz por menos e nos traz de outra esfera o tipo descrito no art. 208 do Código Penal Brasileiro. O artigo trata do escarnecimento de qualquer pessoa por motivo de crença ou função religiosa, e ainda o tratamento vilipendioso de ato ou objeto de culto religioso (como a destruição da imagem da Santa católica). Tudo isto, culmina para a completa compreensão de que o Estado deve localizar-se na função de protetor das religiões e mediar os conflitos existentes entre elas.
A tentativa de transformar as religiões afro-brasileiras em "seitas diabólicas" cria um estigma. Este ato favorece o preconceito e constitui ofensa ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.
Com o estigma, surge o ato de evitar, como ocorreu com a integrante da Casa Legislativa Municipal no Rio de Janeiro que afastou uma imagem. A vereadora mandou retirar, da sala por ela ocupada, o retrato do deputado Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, sob o fundamento de que era “evangélica” e não poderia ter em “sua” sala o retrato de um “espírita”.
No Plano Nacional de Direitos Humanos o Brasil tem como meta o combate a intolerância religiosa, favorecendo o respeito às religiões que são minoritárias e cultos afro-brasileiros. Os direitos humanos são o mínimo existencial, no qual se fundam todas as convenções e tratados internacionais, por serem valores amplamente aceitos no mundo.
O Brasil é país laico e o Estado não interfere nem mesmo na liberdade de descrença (4, 13, 14) dizendo que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias". (Art. 5º, VI, da CRFB 88).
No entanto, a liberdade religiosa, de crença ou de culto não é um valor absoluto, nem tampouco um direito absoluto. Há limitações sobre este direito/valor social. O Estado e a sociedade têm o dever de procurar uma convivência harmoniosa entre as religiões, de modo que não haja tratamento desigual entre as formas de religião e nem o fomento de discriminação e/ou preconceito de uma religião pela outra.
Lembramos do princípio da proporcionalidade (9) em sentido amplo, também conhecido por princípio da proibição de excesso, uma vez que vem atender aos reclames da sociedade brasileira por uma ordem social e política equânime. Proíbe nomeadamente as restrições desnecessárias, inaptas ou excessivas de direitos fundamentais. Os direitos fundamentais só podem ser restringidos quando tal se torne indispensável, e no mínimo necessário, para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos.
Este princípio da razoabilidade, como prefere o direito norte-americano; ou da proibição de excesso como também é denominado pelos alemães tem aplicação na aferição da constitucionalidade das leis, quando nos deparamos com a colisão de direitos e garantias constitucionais. Estabelece que deve haver uma razoável correspondência entre a intensidade da sanção que se pretende aplicar e a ação que se objetiva punir. É um parâmetro de valoração dos atos do poder público para aferir se eles estão informados pelo valor superior inerente a todo ordenamento jurídico: a justiça.
Seria Razoável, justo, que se encerrassem os ataques às religiões afro-brasileiras?
Vamos reler o preâmbulo da CRFB 88.
"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil". (Sublinhado nosso)
As religiões afro-brasileiras, em verdade, constituem minoria em quantidade de fiéis e justamente por isso toda a sociedade deve lutar para que seja respeitado o seu direito. Ademais, as minorias têm o seu valor histórico/cultural. Seu desaparecimento acarretaria prejuízo imenso para a nação.
A conquista constitucional da liberdade religiosa é verdadeira consagração de maturidade de um povo. É verdadeiro desdobramento da liberdade de pensamento e manifestação. O constrangimento feito de modo a conduzir à renúncia de uma fé representa, dentre outros, desrespeito à diversidade espiritual.(4)
Muitos estão desconfiados, com o bate-gato, com a produção das identidades perversas (10) dos "leprosos da religião" e devemos recordar os interesses subalternos materiais que acompanhavam alguns religiosos na época de Jesus.
Em Mateus, V, encontramos: "Eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder as dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus".
Jesus lecionou lembrando a justiça dos escribas e dos fariseus. Escribas faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam. Daí sua inclusão na reprovação que lançava aos fariseus. Eram servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias. Sob as aparências de meticulosa devoção, céticos, eles ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação política. Os fariseus tinham a religião como meio para chegarem a seus fins e não como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, mas exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas.
Religião é poder. Nossos candidatos a cargos eletivos deveriam demonstrar respeito pela autoridade, pela manutenção da ordem social, pelos direitos individuais. Deveriam ser guiados por princípios éticos, como justiça, reciprocidade, igualdade e respeito pela dignidade do ser humano (11). Sem essas condições não deveriam ser eleitos, mesmo que se apresentassem como religiosos.
Vejamos novamente o artigo (5) "Deus Não Sobe em Palanque": "Como o nosso país está contextualizado dentro de uma sociedade Cristã, não podemos esquecer que Jesus cumpriu a sua missão sem necessidade de portarias ou decretos, e não fundou nenhum partido político para exercê-la. Mesmo assim, com essa prudente forma de agir, acabou morrendo na cruz, devido à ambição política de Judas, a pretexto de acelerar a vitória do Evangelho".
Enfatizamos, até os direitos fundamentais devem sofrer "restrições" quando ultrapassem e colidam, ainda que aparentemente, com outros direitos fundamentais.
Se o Estado tem o dever de tratar igualmente as religiões, quando há desequilíbrio surge o dever de restabelecer a igualdade, tratando desigualmente os desiguais de forma a equilibrá-los novamente. As religiões afro-brasileiras têm sido alvo de ataques que não deram causa, nem tampouco se pode atribuir a elas qualquer atitude agressiva a outras religiões, de forma que a agressão sofrida é injusta (4).
Como preservar os direitos fundamentais?
O princípio da proporcionalidade estabelece que deve haver uma razoável correspondência entre a intensidade da sanção que se pretende aplicar e a ação que se objetiva punir.
Em que condições seria razoável o cancelamento da concessão outorgada?
Como fazer cessar os ataques às religiões afro-brasileiras? Há meios legais?
Almeida (4) responde que "o Poder Público pode utilizar-se do Decreto Presidencial 52.795/63 que regula os Serviços de Radiodifusão aplicando as sanções previstas no art. 133". Pode-se utilizar o que preceitua a Carta Magna, artigos. 220, §3º, inciso I e 223, § 4º. A norma fala na possibilidade da perda da concessão outorgada, em caso de reincidência na violação.
O decreto supracitado ainda prevê expressamente a responsabilidade da emissora pela programação exibida, ainda que a cessão seja parcial, de acordo com os artigos 124, § 1º; 67; 75 e 77 do Decreto Presidencial 52.795/63 e art. 10 do Dec. Lei 236/67, ensejando o dever de indenizar pelos danos sofridos e ainda deferir o direito de resposta proporcional ao agravo sofrido.
O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública, em São Paulo, face às emissoras religiosas que estão promovendo a demonização das religiões afro-brasileiras. Exigiu que cessem as agressões, representando os interesses difusos das entidades de classe afro-descendentes.
"Ao veicular em sua programação atos atentatórios à cidadania, à dignidade da pessoa humana, bem como à liberdade de crença religiosa, e, sob a égide da consagrada "liberdade de expressão" distorcem as garantias constitucionais, causando um dano coletivo". Este é um trecho da petição inicial apresentada.
O que está faltando? Precisamos relembrar Pasteur (12).
"Não se considerem os únicos donos da verdade e do conhecimento, pois um diploma não faz o cientista. Somente assim poderão cumprir sua missão, ser úteis ao próximo. E façam tudo com amor, pois será um dia esplêndido aquele em que, dos progressos da ciência, participará também o coração”. Pasteur repetiu que "pouca ciência afasta o homem de Deus e que os verdadeiros cientistas acabam dele se aproximando". A ignorância religiosa afasta o homem de Deus (que é Amor) e da tolerância.
No NEU da UFRJ, escrevemos um texto que designamos como "A Ética da Tolerância" (8). Eis um trecho. "Nessa questão do aperfeiçoamento da prática sócio-afetiva lembramos que Jesus afirmou: Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem. É a lição de que o progresso do conhecimento é estimulado pelo regime de diálogo franco e aberto. É convite à fraternidade, ao amor em ação, na aceitação da diversidade e no relacionamento pacífico entre os diferentes".
"Uma civilização jurídica, um Estado de Direito, uma democracia digna deste nome qualificam-se, por conseguinte, não só por uma eficaz estruturação do ordenamento, mas, sobretudo, pela sua ancoragem nas razões do bem comum e dos princípios morais universais, inscritos por Deus no coração do homem". Trecho do discurso à Associação Nacional dos Magistrados da Itália, 31/3/2000, proferido por João Paulo II (13).
Quando desenvolvemos o intelecto somos capazes de saber se uma ação é boa ou má, mas a escolha do caminho a tomar depende do desenvolvimento de outro domínio (afetivo). As duas asas simbólicas já são bem conhecidas. Sem uma delas, sociedade alguma poderá voar, atingir níveis de consciência mais altos, e ser considerada evoluída.
Impossível não lembrar as palavras de Bacurau enfatizadas pelo Secretário Nacional do Morhan.(10). "O amor ainda é o melhor remédio para todos os males do mundo desde que seja traduzido em trabalho, em humildade, em ética, em compromisso, em justiça".
O verdadeiro religioso não propõe a conversão à força. A obrigação de conversão sustentada pela doutrina da Igreja católica é moral, e, mesmo quando traduzida em normas positivadas em seu corpo canônico, nunca pode gerar a quebra da sadia tolerância aos cultos que dela divergem e que não causam transtorno à sociedade e ao Estado (13).
O Ministro da Cultura e o povo brasileiro não podem concordar com a perseguição aos adeptos das religiões afro-brasileiras.
Se a intolerância à minoria é ruim a intolerância à maioria é perigosa, principalmente se são politicamente influentes ou/e ainda capazes de, na mídia, carregarem explosivos junto ao corpo, em nome de Deus.
Referencias Bibliográficas
1) O Poder das Palavras, no Princípio era o Verbo. http://www.saci.org.br/ (25 de setembro, 2000). http://www.morhan.org.br/; http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo554.html
2) A Hanseníase, a Lepra e a Comunicação Dirigida. Escola de Enfermagem Anna Néry & Instituto de Microbiologia, UFRJ. Apresentado no XVII Encontro Nacional dos Estudantes de Enfermagem, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza. Monografia. 43 p.http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/materias/diversos/hanseniase.htm
3) A Mulher do Próximo. Do Delito e das Penas. http://www.cefamiami.com/newsletter/materias/artigo/05.04/index.html
http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo513.html
http://www.guarulhos.tur.br/sol/detart.asp?id=819
4) Almeida, Dayse Coelho. Demonização das religiões afro-brasileiras. Jus Navigandi, Teresina, a. 9, n. 551, 9 jan. 2005. http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=6155.
5) Deus Não Sobe em Palanque. Gerson Simões Monteiro. Radio Rio de Janeiro. Presidente da Fundação Cristã-Espírita Cultural Paulo de Tarso (FUNTARSO). Articulista do Jornal Extra, assinando a coluna “EM NOME DE DEUS” http://www.radioriodejaneiro.am.br/web/
6) A Influência da Mídia. A sedução de Pocotó http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/a-influencia-da-midia.html
http://www.superip.com.br/~jbraz/
7) Cenas de Sexo e Violência na TV. Reformador (FEB), 116(2027): 45-46, fev, 1998.http://www.humildescomjesus.hpg.ig.com.br/cenas_de_sexo_e_violencia_na_tv.htm
8) O Retrato de Bezerra e a Aristocracia intelecto-Moral (Ética e Terceiro milênio). Revista Internacional de Espiritismo, LXXVI (4): 181-182, 2001.http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/retrato-de-bezerra.html
9) Silva, Roberta Pappen. Algumas considerações sobre o princípio da proporcionalidade. Jus Navigandi, Teresina, a. 9, n. 565, 23 jan. 2005. http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=6198.
10) Vieira, M. O Morhan na ALERJ: de Uma Identidade Perversa (Leproso) à "Celebridade". http://www.morhan.org.br/
11) Espiritualidade, Transparência e Consciência. Tendências do Trabalho, 313: 10-16, 2000.http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/colunistas/formiga/lcdf-0025.htm
12) Ciência com Amor. Revista Fraternidade, Lisboa, Pt, 422 (agosto/setembro): 227-229.http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/ciencia-com-amor.html
13) Brodbeck, Rafael Vitola. Apreciação da Constitucionalidade dos Feriados Religiosos Católicos em Face do Princípio do Estado Laico na Carta Política do Brasil. Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n.462, 12 out. 2004. http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=5551.
14) Sob Deus. Laico, Mas Não Ateu.http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo1091.html
Dr Luiz Carlos D. Formiga
O estigma não é da pessoa, mas chega antes dela. Em hanseníase associamos a persistência da doença ao leproestigma, que interfere na manutenção da enfermidade por trazer dificuldades para o seu tratamento.
O preconceito começa na linguagem, transfere-se para a atitude e aparecem os níveis de afastamento. Surge o ato de evitar; a discriminação e a segregação. Arthur Ashe, atleta do tênis mundial, escondeu sua condição porque "tinha medo do estigma que é insuportável" (1).
"Espertinhos" usam o preconceito, o estigma, em proveito próprio. Por isso temos que desconfiar, pois nem sempre os interesses são tão nobres. Alguns "sadios" encaram o leproestigma como excelente fonte de rendimentos divulgando cartas, anúncios, etc (os chamados bate-gatos) que apelam para a caridade alheia. Não se importam com o doente, com a doença, com os preconceitos que a envolvem e muito menos com as perspectivas futuras (2).
Essas pessoas e aquele que se apresenta como "pobre leproso" são menos evoluídas que Nicolau, marido de Norberta.
Nicolau era um fariseu. Amava apenas a família consangüínea. Nascera numa época de constantes crises. Passou pelo período infanto-juvenil cercado por problemas financeiros. Assim, "aprendeu" observar comportamentos. Ficou-lhe clara a idéia de que a natureza humana é egoísta, malvada, sem remédio e que a sociedade nunca superará a fase Caim & Abel. Com a idade madura consolidou-se a idéia de que o fim justifica os meios (3).
Uma pessoa recebe uma carta de um pobre leproso que passando por necessidades solicita ajuda em dinheiro. Há endereço, em outro estado, e um número de Caixa Postal. Posteriormente descobre-se que se passa de um golpe, nem sempre em dezembro. No Natal os corações e a bolsa se abrem com mais facilidade. Será que no futuro os "espertinhos" irão aperfeiçoar o bate-gato na mídia criando o 171 religioso? Uma coisa é certa, vai ser difícil enquadrá-los no código penal.
Os adeptos de religiões, que se originaram na África, devem sentir profunda dor na alma diante das agressões verbais via rádio e TV. Este tipo de comportamento que produz marcas infamantes aponta para o desconhecimento do universo do império da lei. Com a liberdade divorciada da responsabilidade pode-se atacar pessoas e/ou religiões, com a "demonização" (4) como técnica. Não é necessário doutoramento em Ciências Jurídicas para perceber que se trata de manobra perigosa, principalmente porque atenta contra a paz e desrespeita direito fundamental.
No dia 07 de Janeiro, comemorou-se o dia da Liberdade de Culto. A religião é uma forma de preservar a identidade. Ela pode sofrer transformação parcial, incorporando elementos de outras religiões. Isto aconteceu com a Umbanda e o Candomblé, que fazem hoje parte da cultura brasileira. Sabemos que Gilberto Gil, compositor, ministro na área da cultura, possui profundo respeito pelas religiões afro-brasileiras. É ele quem nos adverte: "Se eu quiser falar com Deus, tenho que calar a voz. Tenho que encontrar a paz".
Em 1988, no preâmbulo da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB 88) o constituinte original permitiu interpretar que o Estado é laico, mas não é ateu: "Promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da Republica Federativa do Brasil".
Nossa Constituição consagra como direito fundamental a liberdade de religião. Assim, o Estado deve proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa sem intolerância e fanatismo. Apesar da norma, as agressões parecem não ter fim.
Monteiro - em Deus não Sobe em Palanque (5) - alerta: "no fundamentalismo religioso e político residem os maiores perigos. Isto porque os seus líderes procuram fundamentar-se apenas em algumas partes ou interpretações convenientes, geralmente de suas doutrinas religiosas ou idéias políticas de modo exacerbado, alimentando o fanatismo. E podemos constatar no mundo atual que o fundamentalismo está sempre aliado à intolerância e ao desrespeito ao cidadão, pois seus fomentadores, na tentativa de conseguirem seus objetivos, passam por cima da ética e da moral sem nenhuma cerimônia".
Devemos enfatizar que "o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais" (CRFB 88, art 215).
Almeida (4) lembra que a mídia tem sido amplamente utilizada pelas religiões com o intuito de arrebanhar mais fiéis e de levar a espiritualidade a pessoas que não possam ir às igrejas, sinagogas, templos e etc. Entretanto, o espetáculo de religiosidade e de amor ao próximo vem se transformando num circo de horrores, onde os ataques às outras religiões são marca comum. Isto extrapola o direito de manifestação religiosa. Em nome da liberdade de expressão, as garantias constitucionais estão sendo distorcidas.
Impossível negar a influência da mídia. (6, 7)
Médicos estudaram a variação do número de óbitos em adolescentes na grande área de Nova Iorque duas semanas após a projeção de quatro filmes de suicídios. Publicaram os resultados em setembro de 1986 no New England Journal of Medicine. O número estatisticamente significativo de suicídios foi maior no período que sucedeu à projeção de tais filmes, do que no período que o antecedeu.
O aparecimento de uma informação inadequada na televisão pode destruir o trabalho de muitos anos de investimentos e esforços dirigidos à educação. Com a mídia muitos acabam confundindo amor e sexo.
Os que assistem aos programas podem não ter a intenção de aprender, mas aprendem, e acabam sendo manipulados.
O Jornal de Pediatria (1995) discutiu o papel do erotismo na televisão, como fator disfuncional na educação sexual da juventude. Na televisão os adolescentes encontram informações que satisfazem a sua curiosidade acerca do mundo sexual dos adultos. Isso ocorre por um processo de erotização cada vez mais explícito, que abusa de uma liberdade de expressão e veicula informações sexuais de todos os tipos.
Almeida (4) recorda que a lei 7.716 de 1989 trata do preconceito de cor e de raça, mas em seu art. 20 torna punível a conduta de "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de religião". O mesmo autor não faz por menos e nos traz de outra esfera o tipo descrito no art. 208 do Código Penal Brasileiro. O artigo trata do escarnecimento de qualquer pessoa por motivo de crença ou função religiosa, e ainda o tratamento vilipendioso de ato ou objeto de culto religioso (como a destruição da imagem da Santa católica). Tudo isto, culmina para a completa compreensão de que o Estado deve localizar-se na função de protetor das religiões e mediar os conflitos existentes entre elas.
A tentativa de transformar as religiões afro-brasileiras em "seitas diabólicas" cria um estigma. Este ato favorece o preconceito e constitui ofensa ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.
Com o estigma, surge o ato de evitar, como ocorreu com a integrante da Casa Legislativa Municipal no Rio de Janeiro que afastou uma imagem. A vereadora mandou retirar, da sala por ela ocupada, o retrato do deputado Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, sob o fundamento de que era “evangélica” e não poderia ter em “sua” sala o retrato de um “espírita”.
No Plano Nacional de Direitos Humanos o Brasil tem como meta o combate a intolerância religiosa, favorecendo o respeito às religiões que são minoritárias e cultos afro-brasileiros. Os direitos humanos são o mínimo existencial, no qual se fundam todas as convenções e tratados internacionais, por serem valores amplamente aceitos no mundo.
O Brasil é país laico e o Estado não interfere nem mesmo na liberdade de descrença (4, 13, 14) dizendo que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias". (Art. 5º, VI, da CRFB 88).
No entanto, a liberdade religiosa, de crença ou de culto não é um valor absoluto, nem tampouco um direito absoluto. Há limitações sobre este direito/valor social. O Estado e a sociedade têm o dever de procurar uma convivência harmoniosa entre as religiões, de modo que não haja tratamento desigual entre as formas de religião e nem o fomento de discriminação e/ou preconceito de uma religião pela outra.
Lembramos do princípio da proporcionalidade (9) em sentido amplo, também conhecido por princípio da proibição de excesso, uma vez que vem atender aos reclames da sociedade brasileira por uma ordem social e política equânime. Proíbe nomeadamente as restrições desnecessárias, inaptas ou excessivas de direitos fundamentais. Os direitos fundamentais só podem ser restringidos quando tal se torne indispensável, e no mínimo necessário, para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos.
Este princípio da razoabilidade, como prefere o direito norte-americano; ou da proibição de excesso como também é denominado pelos alemães tem aplicação na aferição da constitucionalidade das leis, quando nos deparamos com a colisão de direitos e garantias constitucionais. Estabelece que deve haver uma razoável correspondência entre a intensidade da sanção que se pretende aplicar e a ação que se objetiva punir. É um parâmetro de valoração dos atos do poder público para aferir se eles estão informados pelo valor superior inerente a todo ordenamento jurídico: a justiça.
Seria Razoável, justo, que se encerrassem os ataques às religiões afro-brasileiras?
Vamos reler o preâmbulo da CRFB 88.
"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil". (Sublinhado nosso)
As religiões afro-brasileiras, em verdade, constituem minoria em quantidade de fiéis e justamente por isso toda a sociedade deve lutar para que seja respeitado o seu direito. Ademais, as minorias têm o seu valor histórico/cultural. Seu desaparecimento acarretaria prejuízo imenso para a nação.
A conquista constitucional da liberdade religiosa é verdadeira consagração de maturidade de um povo. É verdadeiro desdobramento da liberdade de pensamento e manifestação. O constrangimento feito de modo a conduzir à renúncia de uma fé representa, dentre outros, desrespeito à diversidade espiritual.(4)
Muitos estão desconfiados, com o bate-gato, com a produção das identidades perversas (10) dos "leprosos da religião" e devemos recordar os interesses subalternos materiais que acompanhavam alguns religiosos na época de Jesus.
Em Mateus, V, encontramos: "Eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder as dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus".
Jesus lecionou lembrando a justiça dos escribas e dos fariseus. Escribas faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam. Daí sua inclusão na reprovação que lançava aos fariseus. Eram servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias. Sob as aparências de meticulosa devoção, céticos, eles ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação política. Os fariseus tinham a religião como meio para chegarem a seus fins e não como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, mas exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas.
Religião é poder. Nossos candidatos a cargos eletivos deveriam demonstrar respeito pela autoridade, pela manutenção da ordem social, pelos direitos individuais. Deveriam ser guiados por princípios éticos, como justiça, reciprocidade, igualdade e respeito pela dignidade do ser humano (11). Sem essas condições não deveriam ser eleitos, mesmo que se apresentassem como religiosos.
Vejamos novamente o artigo (5) "Deus Não Sobe em Palanque": "Como o nosso país está contextualizado dentro de uma sociedade Cristã, não podemos esquecer que Jesus cumpriu a sua missão sem necessidade de portarias ou decretos, e não fundou nenhum partido político para exercê-la. Mesmo assim, com essa prudente forma de agir, acabou morrendo na cruz, devido à ambição política de Judas, a pretexto de acelerar a vitória do Evangelho".
Enfatizamos, até os direitos fundamentais devem sofrer "restrições" quando ultrapassem e colidam, ainda que aparentemente, com outros direitos fundamentais.
Se o Estado tem o dever de tratar igualmente as religiões, quando há desequilíbrio surge o dever de restabelecer a igualdade, tratando desigualmente os desiguais de forma a equilibrá-los novamente. As religiões afro-brasileiras têm sido alvo de ataques que não deram causa, nem tampouco se pode atribuir a elas qualquer atitude agressiva a outras religiões, de forma que a agressão sofrida é injusta (4).
Como preservar os direitos fundamentais?
O princípio da proporcionalidade estabelece que deve haver uma razoável correspondência entre a intensidade da sanção que se pretende aplicar e a ação que se objetiva punir.
Em que condições seria razoável o cancelamento da concessão outorgada?
Como fazer cessar os ataques às religiões afro-brasileiras? Há meios legais?
Almeida (4) responde que "o Poder Público pode utilizar-se do Decreto Presidencial 52.795/63 que regula os Serviços de Radiodifusão aplicando as sanções previstas no art. 133". Pode-se utilizar o que preceitua a Carta Magna, artigos. 220, §3º, inciso I e 223, § 4º. A norma fala na possibilidade da perda da concessão outorgada, em caso de reincidência na violação.
O decreto supracitado ainda prevê expressamente a responsabilidade da emissora pela programação exibida, ainda que a cessão seja parcial, de acordo com os artigos 124, § 1º; 67; 75 e 77 do Decreto Presidencial 52.795/63 e art. 10 do Dec. Lei 236/67, ensejando o dever de indenizar pelos danos sofridos e ainda deferir o direito de resposta proporcional ao agravo sofrido.
O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública, em São Paulo, face às emissoras religiosas que estão promovendo a demonização das religiões afro-brasileiras. Exigiu que cessem as agressões, representando os interesses difusos das entidades de classe afro-descendentes.
"Ao veicular em sua programação atos atentatórios à cidadania, à dignidade da pessoa humana, bem como à liberdade de crença religiosa, e, sob a égide da consagrada "liberdade de expressão" distorcem as garantias constitucionais, causando um dano coletivo". Este é um trecho da petição inicial apresentada.
O que está faltando? Precisamos relembrar Pasteur (12).
"Não se considerem os únicos donos da verdade e do conhecimento, pois um diploma não faz o cientista. Somente assim poderão cumprir sua missão, ser úteis ao próximo. E façam tudo com amor, pois será um dia esplêndido aquele em que, dos progressos da ciência, participará também o coração”. Pasteur repetiu que "pouca ciência afasta o homem de Deus e que os verdadeiros cientistas acabam dele se aproximando". A ignorância religiosa afasta o homem de Deus (que é Amor) e da tolerância.
No NEU da UFRJ, escrevemos um texto que designamos como "A Ética da Tolerância" (8). Eis um trecho. "Nessa questão do aperfeiçoamento da prática sócio-afetiva lembramos que Jesus afirmou: Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem. É a lição de que o progresso do conhecimento é estimulado pelo regime de diálogo franco e aberto. É convite à fraternidade, ao amor em ação, na aceitação da diversidade e no relacionamento pacífico entre os diferentes".
"Uma civilização jurídica, um Estado de Direito, uma democracia digna deste nome qualificam-se, por conseguinte, não só por uma eficaz estruturação do ordenamento, mas, sobretudo, pela sua ancoragem nas razões do bem comum e dos princípios morais universais, inscritos por Deus no coração do homem". Trecho do discurso à Associação Nacional dos Magistrados da Itália, 31/3/2000, proferido por João Paulo II (13).
Quando desenvolvemos o intelecto somos capazes de saber se uma ação é boa ou má, mas a escolha do caminho a tomar depende do desenvolvimento de outro domínio (afetivo). As duas asas simbólicas já são bem conhecidas. Sem uma delas, sociedade alguma poderá voar, atingir níveis de consciência mais altos, e ser considerada evoluída.
Impossível não lembrar as palavras de Bacurau enfatizadas pelo Secretário Nacional do Morhan.(10). "O amor ainda é o melhor remédio para todos os males do mundo desde que seja traduzido em trabalho, em humildade, em ética, em compromisso, em justiça".
O verdadeiro religioso não propõe a conversão à força. A obrigação de conversão sustentada pela doutrina da Igreja católica é moral, e, mesmo quando traduzida em normas positivadas em seu corpo canônico, nunca pode gerar a quebra da sadia tolerância aos cultos que dela divergem e que não causam transtorno à sociedade e ao Estado (13).
O Ministro da Cultura e o povo brasileiro não podem concordar com a perseguição aos adeptos das religiões afro-brasileiras.
Se a intolerância à minoria é ruim a intolerância à maioria é perigosa, principalmente se são politicamente influentes ou/e ainda capazes de, na mídia, carregarem explosivos junto ao corpo, em nome de Deus.
Referencias Bibliográficas
1) O Poder das Palavras, no Princípio era o Verbo. http://www.saci.org.br/ (25 de setembro, 2000). http://www.morhan.org.br/; http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo554.html
2) A Hanseníase, a Lepra e a Comunicação Dirigida. Escola de Enfermagem Anna Néry & Instituto de Microbiologia, UFRJ. Apresentado no XVII Encontro Nacional dos Estudantes de Enfermagem, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza. Monografia. 43 p.http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/materias/diversos/hanseniase.htm
3) A Mulher do Próximo. Do Delito e das Penas. http://www.cefamiami.com/newsletter/materias/artigo/05.04/index.html
http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo513.html
http://www.guarulhos.tur.br/sol/detart.asp?id=819
4) Almeida, Dayse Coelho. Demonização das religiões afro-brasileiras. Jus Navigandi, Teresina, a. 9, n. 551, 9 jan. 2005. http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=6155.
5) Deus Não Sobe em Palanque. Gerson Simões Monteiro. Radio Rio de Janeiro. Presidente da Fundação Cristã-Espírita Cultural Paulo de Tarso (FUNTARSO). Articulista do Jornal Extra, assinando a coluna “EM NOME DE DEUS” http://www.radioriodejaneiro.am.br/web/
6) A Influência da Mídia. A sedução de Pocotó http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/a-influencia-da-midia.html
http://www.superip.com.br/~jbraz/
7) Cenas de Sexo e Violência na TV. Reformador (FEB), 116(2027): 45-46, fev, 1998.http://www.humildescomjesus.hpg.ig.com.br/cenas_de_sexo_e_violencia_na_tv.htm
8) O Retrato de Bezerra e a Aristocracia intelecto-Moral (Ética e Terceiro milênio). Revista Internacional de Espiritismo, LXXVI (4): 181-182, 2001.http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/retrato-de-bezerra.html
9) Silva, Roberta Pappen. Algumas considerações sobre o princípio da proporcionalidade. Jus Navigandi, Teresina, a. 9, n. 565, 23 jan. 2005. http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=6198.
10) Vieira, M. O Morhan na ALERJ: de Uma Identidade Perversa (Leproso) à "Celebridade". http://www.morhan.org.br/
11) Espiritualidade, Transparência e Consciência. Tendências do Trabalho, 313: 10-16, 2000.http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/colunistas/formiga/lcdf-0025.htm
12) Ciência com Amor. Revista Fraternidade, Lisboa, Pt, 422 (agosto/setembro): 227-229.http://www.espirito.org.br/portal/artigos/neurj/ciencia-com-amor.html
13) Brodbeck, Rafael Vitola. Apreciação da Constitucionalidade dos Feriados Religiosos Católicos em Face do Princípio do Estado Laico na Carta Política do Brasil. Jus Navigandi, Teresina, a. 8, n.462, 12 out. 2004. http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=5551.
14) Sob Deus. Laico, Mas Não Ateu.http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo1091.html
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
"Estou derretendo, estou derretendo..."
Sol escaldante, boca seca... Salvador está mesmo muito quente. Praticamente um deserto. Hoje precisei fazer uma longa caminhada (nem era tão longa, mas, para um biscoito fino como eu, parecia percurso de maratona), e pude entender como se sentiu a bruxa do filme "O Mágico de Oz", ao final da história...
sábado, 17 de outubro de 2009
...
Tu eras também uma pequena folha
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Pablo Neruda
Imagem: Obra “Les Amants”, do pintor surrealista René Magritte.
domingo, 4 de outubro de 2009
Descer ou não?
Isso mesmo, meus amigos, ficar no topo da árvore parece não estar com nada. Hoje uma amiga me contou que um pretendente lhe enviou aquele texto manjado, que dizem ser de Machado de Assis, o tal "Mulheres Maçãs". Quem não conhece que procure no Google (é, estou tentando ser uma menina má e isso faz parte do aprendizado, hehehe). De qualquer forma, estou indo aos poucos já que, como tenho 28, ainda me restam 12 anos...
Diálogo:
Amiga: Apesar dos homens saberem que as melhores maçãs estão no topo, eles preferem as que estão no chão... Mas eu vou continuar no topo.
Eu: É, mas acho que não tem futuro ficar por aqui. Por isso já decidi que se chegar perto dos 40, encalhada, eu juro que me jogo daqui de cima!
Amiga: Nem que você queira, você não vai conseguir descer ou se jogar do topo...
Eu: Por que tenho que ficar condenada eternamente a síndrome de Gabriela (eu nasci assim... eu cresci assim... vou ser sempre assim.. Gabrieeeela...)?
Amiga: Quer saber? Você pode até tentar... Só que é mais fácil você se jogar no dique com uma pedra amarrada no pescoço... Está na sua essência ficar no topo.
Eu: Mas na hora do desespero, quem sabe?
Amiga: Sinceramente, eu não te vejo no chão, eu ameaço me jogar no chão e volto, e com você, pior ainda...
Eu: Ok, mas se eu for descendo aos pouquinhos, antes dos 40, posso ir desencalhando gradativamente, até para não ter de pegar qualquer porcaria que sobrar por lá, né?
Amiga: É mesmo, esses homens que só pegam as maçãs do chão não tem credibilidade...
Eu: Pior que é, olhando por esse lado... Acho melhor dar mais um tempinho aqui em cima... :)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Imagens do Invisível
Imagens do Invisível
Incluir, numa eventual lista de incidentes em que como por azar se conjugam arte e morte e vida, episódios como os seguintes. Ao Davi de Michelangelo lhe quebraram o braço com uma pedrada. Através de um enfurecido detrator de Michelangelo, Golias se vingava. O cadáver de Goya foi desenterrado e mutilado: seu cadáver também, assim, pareceu grotesco. As esculturas do Aleijadinho, feitas em pedra porosa, agora parecem estar contaminadas pela sua enfermidade: a lepra segue retocando obras indefinidamente inacabadas: sobras: ruínas. Mallarmé, cuja poética se confunde com o suicídio, morreu de um espasmo na glote. Uma tradução psicossomática do Grande Livro, segundo Charles Mauron. Em 27 de agosto de 1938, sete anos depois de se representar num autoretrato vesgo do olho direito, vazaram o olho esquerdo de Victor Brauner acidentalmente. O enterro do dramaturgo cubano Virgilio Piñera foi quase uma uma peça sua: teatro do absurdo in extremis. Em 9 de setembro de 1985, durante a cobertura de um coup d´etat fracassado na Tailândia, morrem dois jornalistas da National Broadcasting Company, Neil Davis e Bill Latch. Davis, cinegrafista, foi atingido por tiros diante de sua própria câmera, que ao cair no chão, continuou filmando-o em posição vertical. A morte do jornalista se converteu assim numa notícia espetacular. Acaso objetivo, teleologia, hipertelia, jogo de dados que jamais abolirá o acaso.
Fragmento de ensaio do poeta cubano Octavio Armand,
tradução de Priscila Manhães Lerner.
Incluir, numa eventual lista de incidentes em que como por azar se conjugam arte e morte e vida, episódios como os seguintes. Ao Davi de Michelangelo lhe quebraram o braço com uma pedrada. Através de um enfurecido detrator de Michelangelo, Golias se vingava. O cadáver de Goya foi desenterrado e mutilado: seu cadáver também, assim, pareceu grotesco. As esculturas do Aleijadinho, feitas em pedra porosa, agora parecem estar contaminadas pela sua enfermidade: a lepra segue retocando obras indefinidamente inacabadas: sobras: ruínas. Mallarmé, cuja poética se confunde com o suicídio, morreu de um espasmo na glote. Uma tradução psicossomática do Grande Livro, segundo Charles Mauron. Em 27 de agosto de 1938, sete anos depois de se representar num autoretrato vesgo do olho direito, vazaram o olho esquerdo de Victor Brauner acidentalmente. O enterro do dramaturgo cubano Virgilio Piñera foi quase uma uma peça sua: teatro do absurdo in extremis. Em 9 de setembro de 1985, durante a cobertura de um coup d´etat fracassado na Tailândia, morrem dois jornalistas da National Broadcasting Company, Neil Davis e Bill Latch. Davis, cinegrafista, foi atingido por tiros diante de sua própria câmera, que ao cair no chão, continuou filmando-o em posição vertical. A morte do jornalista se converteu assim numa notícia espetacular. Acaso objetivo, teleologia, hipertelia, jogo de dados que jamais abolirá o acaso.
Fragmento de ensaio do poeta cubano Octavio Armand,
tradução de Priscila Manhães Lerner.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Sensual como um punhal banhado em mel...
Main Vari Vari
Kavita Krishnamurthy
Aaah...
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Har ek baat hain jaise
Har ek baat hain jaise
Meethi karaari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Haa..
Chalate ho jo naino ke baan tikhe
Nishaana tumh aaisa kaha se ho sikhe
Ke dil mein kasak ho magar pyari pyari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Aaah…
Kabhi ek chaman tha main jiski kali thi
Ke phoolon ke sejo pe hi main palegi
Na bechain din thein na betaab raatein
Na tumse mili thi main tab hi bhali thi
Badi mehangi mujhko padi tumse yaari
Hai, badi mehangi mujhko padi tumse yaari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Har ek baat hain jaise meethi karaari
Hai, Hai
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Tumhari adao pe main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Haa...
Chalate ho jo naino ke baan tikhe
Nishaana tum aaisa kaha se ho sikhe
Ke dil mein kasak ho magar pyari pyari
Vaari vaari..
Main vaari vaari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Main vari vari
Aaa...
Tumhari adaao pe main vari vari
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Os modismos e seus modos...
Eu sou alguém que acredita que a roupa é capaz de expressar muito sobre a personalidade das pessoas. Mesmo daquelas que afirmam possuir um guarda-roupa versátil. Falo também sobre os sapatos, bolsas e acessórios. Diria até que a forma de se vestir, calçar ou carregar uma bolsa, reflete, até mesmo, o estado de espírito e o humor.
Se a maneira com que nos mostramos não fosse tão relevante, não existiria consultoria sobre o assunto voltada para quem passará por uma entrevista de emprego, por exemplo. A preocupação a respeito de como se comportar tem início, geralmente, com o que se deve usar.
Não sou chegada a modismos no sentido radical. Penso que o conhecimento que temos sobre nosso próprio corpo é que nos deve conduzir na hora de escolher uma peça. Essa ausência é o que nos reporta à poluição visual que somos obrigados a assistir das festas à padaria da esquina.
Mas não sou preconceituosa, até porque, é claro que eu também já fiz minhas bobagens... Quando olho as fotos do passado então... Entretanto, na minha opinião, é lamentável, nesse mundo em que a aparência fala alto, algumas pessoas descartarem sua própria apresentação.
domingo, 27 de setembro de 2009
Os grandes amores de nossas vidas...
E a novela Caminho das Índias chegou ao fim contrariando algumas expectativas. Eu sou do tempo que a mocinha ficava com o mocinho, digo, o primeiro mocinho, aquele a quem ela amou desde o início da trama. Mas Maya ficou com Raj, com quem ela teve a chance de, segundo os próprios personagens, "construir um amor". E o amor por acaso se constrói?
O que sei é que fiquei a pensar. Não no último capítulo, mas sobre as muitas possibilidades de amar que vão surgindo em nossas vidas.
Por que tratar um grande amor como se ele fosse o último? Por que não nos permitirmos ter vários grandes amores em vez de nos limitarmos a um só, nem que seja por teimosia? Isso mesmo, um amor pode acabar, pode nem mesmo ter sido um amor, ou pode ter sido uma outra forma de amar e, por não termos a coragem para assumirmos a nós mesmos que chegou ao fim, acabamos num ciclo vicioso que nos reporta ao tal "grande amor" como se ele fosse o único.
Não... Que venham os outros grandes amores que viverei em minha vida. E como diz minha avó: "casamento termina até na porta da igreja".
E eu que já vi terminarem às vésperas das bodas de prata, prefiro fazer como Maya, que deixou Bahuan ser, tão somente, mais um grande amor.
domingo, 20 de setembro de 2009
Eu quero um Ronnie Von todo pra mim!
Ah... Definitivamente eu descobri o que me falta: um Ronnie Von só pra mim!
Um homem fino, educado, inteligente, enfim, inúmeras qualidades que me prenderiam frente à tela desse computador por horas e horas. Sem contar aqueles olhos verdes... Ah.. Os olhos verdes... E apreciador de vinhos também!
Quem já teve oportunidade de assistir ao programa "Todo Seu", que ele apresenta na TV Gazeta, sabe bem do que eu estou falando.
Gosto de sua postura, dentro e fora da tela. Aprecio seu histórico, que não nos deixa fugir do que vincula o carinho de mulheres de várias gerações. A propósito, começei a admirá-lo por influência de minha mãe, ao surpreendê-la "babando" enquanto o assistia na televisão...
Portanto, meninas, babemos também!
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Singela Homenagem...
Eu devia ter uns onze anos quando comprei uma revista “Carícia” só por vir acompanhada por um belo pôster de Patrick Swayze. É que ainda com ares de menina, eu já tinha definido meu gosto por homens altos, loiros e de olhos claros. : )
Fiquei muito triste por sua morte. Sempre discreto, soubemos muito pouco sobre sua vida pessoal, mesmo no auge da carreira. Talvez por nunca ter se envolvido em escândalos e não ter sido chegado aos chiliques típicos de alguns famosos, a revelação de sua doença tenha nos chocado ainda mais.
Que ele encontre o caminho da paz! Apenas uma singela homenagem.
domingo, 13 de setembro de 2009
Post encomendado...
Uma amiga está passando por uma situação um pouco delicada e, ao me contar os fatos, sugeriu: por que você não escreve em seu blog cor-de-rosa algo a respeito?
No inicio estranhei um pouco, mas ela me convenceu de que seria interessante, pois as pessoas poderiam comentar sobre o ocorrido e, quem sabe, propor soluções para o problema.
Então, aqui vamos nós:
A minha amiga tem uma prima a qual ela sempre procurou ajudar da melhor forma. E justamente por conhecer a sua boa fé, essa moça, às vezes, age de forma, digamos, “inconveniente”... Resumindo: ela abusa!
Recentemente ela pediu dinheiro emprestado (quantia alta)... E o final da história acho que todo mundo já conhece.
Agora minha amiga encontra-se super constrangida por conta disso. Já tentou cobrar, mas a tal prima a enrola... E o que a deixa mais chateada é que a pessoa volta e meia aparece com roupas novas, etc... Não se dá nem ao trabalho de disfarçar!
Portanto, meus amigos, deixo a palavra com vocês: o que minha amiga deve fazer?
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Seguidoras de Melissa Cadore!!!
Hoje recebi esse e-mail que, em outros tempos, talvez me causasse certa indignação; mas em tempos de Melissa Cadore e, aos 28 anos, só me resta aceitar a realidade e, no mínimo, dar boas risadas!
E viva Melissa!
Com a palavra, o cientista baiano Prof. Elsimar Coutinho:
O Professor Elsimar é membro de 32 sociedades médicas. Até o ano de 2007 participou como conferencista convidado de 253 congressos. Publicou 350 trabalhos científicos, a maioria em revistas médicas internacionais como Nature, Endocrinology, Fertility and Sterility, American Journal of Obstetrics and Gynecology e Contraception.. Publicou e editou dez livros, a maioria no exterior. Seu livro sobre a menstruação, publicado em 1996, encontra-se na 8a edição. A versão inglesa deste livro foi publicada pela Oxford University Press e recebeu elogios de revistas médicas como Lancet, Journal of the American Medical Association (JAMA) e do British Medical Association cujo reviewer o classifica de obra prima.
VEJAM A SEGUIR AS CONCLUSÕES CIENTIFICAS DESTE BAIANO PORRETA:
1º - Não existe homem fiel. Você já pode ter ouvido isso algumas vezes, mas afirmo com propriedade.
Não é desabafo. É palavra de homem que conhece muitos homens. Nenhum homem é fiel, mas pode"estar" fiel, ou porque está apaixonado (algo que não dura muito tempo - no máximo alguns meses - nem se iluda!) ou porque está cercado por todos os lados (veremos adiante que não adianta cercá-lo: isso vai se voltar contra você).
2º - Não desanime. O homem é capaz de te trair e de te amar ao mesmo tempo. A traição do homem é hormonal, efêmera, para satisfazer a lascívia. Não é como a da mulher.
Mulher tem que admirar para trair; ter algum envolvimento. O homem só precisa de uma bunda. A mulher precisa de um motivo para trair, o homem precisa de uma mulher.
3º - Não fique desencantada com a vida por isso. A traição tem seu lado positivo.
Até digo, é um mal necessário. O cara que fica cercado, sem trair é infeliz no casamento, seu desempenho sexual diminui (isso mesmo, o desempenho com a esposa diminui), ele fica mal da cabeça.
Entenda de uma vez por todas: homens e mulheres são diferentes. Se quiser alguém que pense como você, vire lésbica (várias já fizeram isso e deu certo), ou case com um viado enrustido que precisa de uma mulher para se enquadrar no modelo social. Todo ser humano busca a felicidade, a realização.
E a realização nada mais é do que a sensação de prazer (isso é química, tá tudo no cérebro). A mulher se realiza satisfazendo o desejo maternal, com a segurança de ter uma família estruturada e saudável, com um bom homem ao lado que a proteja e lhe dê carinho.
4º - O homem é mais voltado para a profissão e para a realização pessoal e esta vem de diversas formas: sentimento de paternidade, com uma família estruturada, etc., mas nunca virá se não puder ter acesso a outras fêmeas e se não puder ter relativo sucesso na profissão. Se você cercar seu homem (tipo, mulher que é sócia do marido na empresa; o cara não dá um passo no dia-a-dia sem ela) você vai sufocá-lo de tal forma que ele pode até não ter espaço para lhe trair, mas ou seu casamento vai durar pouco, ele vai ser gordo (vai buscar a fuga na comida) e vai ser pobre (por que não vai ter a cabeça tranqüila para se desenvolver profissionalmente). Vai ser um cara sem ambição e sem futuro.
5º - Não tente mudar para seu homem ser fiel. Não adianta. Silicone, curso de dança sensual, se vestir de enfermeira, etc.. Nada disso vai adiantar. É lógico que quanto mais largada você for, menor a vontade do homem de ficar com você e maior as chances do divórcio.
Se ser perfeita adiantasse Julia Roberts não tinha casado três vezes. Até Gisele Bunchen foi largada por Di Caprio, Kelly Slater, etc. Não é você que vai ser diferente (mas é bom não desanimar e sempre dar aquela malhadinha).
O segredo é dar espaço para o homem viajar nos seus desejos: na maioria das vezes, quando ele não está sufocado pela mulher ele nem chega a trair, fica só nas paqueras, troca de olhares. Finja que não sabe. Isso é o segredo para um bom casamento. Deixe ele se distrair, todos precisam de lazer.
6º - Se você busca o homem perfeito, pode continuar vendo novela das seis.
Eles não existem nesse conceito que você imagina. Os homens perfeitos de hoje são aqueles bem desenvolvidos profissionalmente, que traem esporadicamente (não gastam o dinheiro da família com amantes, não constituem outra família, não mantêm relações várias vezes com a mesma mulher (para não criar vínculos) e, sobretudo, são muito discretos: não deixam a esposa saber (e nem ninguém da sua relação, como amigas, familiares, etc.). Só, e somente só, um ou outro amigo DELE deve saber, faz parte do prazer do homem contar vantagem sexual.
Pegar e não falar para os amigos é pior do que não pegar. As traições do homem perfeito geralmente são numa escapulida numa boate, ou com uma garota de programa (usando camisinha e sem fazer sexo oral nela), ou mesmo com uma mulher casada de passagem por sua cidade.
O homem perfeito nunca trai com mulheres solteiras. Elas são causadoras de problemas.
Isso remete ao próximo tópico.
7º - ESSE TÓPICO NÃO É PARA AS ESPOSAS - É PARA AS SOLTEIRAS OU AMANTES:
Esqueçam de uma vez por todas esse negócio de que homem não gosta de mulher fácil.
Homem adora mulher fácil. Se 'der' de prima então, é o máximo. Todo homem sabe que não existe mulher santa.
Se ela está se fazendo de difícil ele parte para outra. A demanda é muito maior do que a procura. O mercado tá cheio de mulher gostosa. O que homem não gosta é de mulher que liga no dia seguinte.
Isso não é ser fácil, é ser problemática (mulher problema). Ou, como se diz na gíria, é pepino puro. O fato de você não ligar para o homem e ele gostar de você não quer dizer que foi por você se fazer de difícil, mas sim por você não representar ameaça para ele. Ele vai ficar com tanta simpatia por você que você pode até conseguir fisgá-lo e roubá-lo da mulher. Ele vai começar a se envolver sem perceber. Vai começar ELE a te procurar. Se ele não te procurar era porque ele só queria aquilo mesmo.
Parta para outro e deixe esse de stand by. Não vá se vingar, você só piora a situação e não lucra nada com isso... Não se sinta usada, você também fez uso do corpo dele - faz parte do jogo; guarde como um momento bom de sua vida...
8º - 90% dos homens não querem nada sério. Os 10% restantes estão momentaneamente cansados da vida de balada ou estão ficando com má fama por não estarem casados ou enamorados; por isso procuram casamento... Portanto, são máximas as chances do homem mentir em quase tudo que te fala no primeiro encontro (ele só quer te comer, sempre). Não seja idiota, aproveite o momento, finja que acredita que ele está apaixonado e dê logo para ele (e corra o risco de fisgá-lo) ou então nem saia com ele. Fazer doce só agrava a situação, estamos em 2009 e não em 1959.
Esqueça os conselhos da sua avó, os tempos são outros.
Marcadores:
Para rir um pouco.,
Presepadas.,
Vi na Televisão.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
E se eu fosse feia?
De alguma “tia”, num desses eventos da família, a um engraçadinho qualquer, nas baladas da vida, a maquiavélica pergunta é sempre a mesma: “como uma moça tão bonita como você não tem namorado?”
Independente da motivação dos inquisidores, entre sorrisinhos amarelos e respostas evasivas, confesso que, só após visualizar as imagens dos casais acima, pude me encontrar em condições de achar a resolução para esse tão importante questionamento, digno de quem tem muito que fazer!
Portanto, às titias e aos playboys, aí vai a resposta a pergunta que não quer calar:
Estou solteira porque não sou bagulho!!! Porque se eu fosse feia... Ah... Ninguém ia me segurar!!! Hahahaha (risada maligna).
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Bailarina de nariz empinado!
Quando Michael Jackson faleceu, e muito se mostrou sobre sua arte, lembro-me que em uma das muitas entrevistas reprisadas, ele se colocou, sabiamente, quando questionado sobre o que pensava enquanto dançava. Disse assim: “Se eu pensar, eu não danço. Apenas sinto.”
Estava me lembrando disso hoje, não sei bem o porquê. Talvez uma onda de otimismo tenha me contagiado depois de ouvir algumas musicas que eu nem me lembrava mais que estavam guardadas em meu PC. E meio que, de repente, também, acabei me sentindo nostálgica ao me recordar do meu tempo de bailarina.
Tudo bem que eu nunca fui uma Ana Botafogo, e sempre soube que nunca seria. Isso ficou claro para mim desde quando percebi que, por ser muito alta, durante as coreografias, sempre me colocavam no fundo, e constantemente eu acabava fazendo parte do cenário... Alem disso, nunca gostei de Jazz, ou outro ritmo alternativo, como Claudia Raia (que provavelmente não se limitou ao Ballet ao passar pela mesma experiência).
Eu insistia no clássico, mesmo sabendo que seria por tempo limitado, mesmo sabendo que, em um curto espaço de tempo, todos aqueles lindos momentos fariam parte, apenas, de uma gostosa lembrança de minha vida.
Mas valeu tanto a pena... E até hoje ao olhar as fotos, é impossível não vincular minha adolescência ao Ballet.
Aquelas aulas não me limitaram a matéria exigida pelo Royal Academy London, mas, também, me deram subsídios para enfrentar a realidade.
Disciplina, postura, resistência, senso de responsabilidade, ética no que diz respeito à competitividade, e mais uma série de conceitos importantes que carregarei para sempre com muito orgulho.
Eu posso não viver do Ballet, mas, com certeza, nunca deixarei de ser uma bailarina.
* A imagem que selecionei para ilustrar melhor meu post se trata da clássica cena "Ballet dos Hipopótamos", do antológico filme "Fantasia", da Disney, rodado na década de 40.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Seriados que marcaram a adolescência!
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