domingo, 27 de setembro de 2009

Os grandes amores de nossas vidas...


E a novela Caminho das Índias chegou ao fim contrariando algumas expectativas. Eu sou do tempo que a mocinha ficava com o mocinho, digo, o primeiro mocinho, aquele a quem ela amou desde o início da trama. Mas Maya ficou com Raj, com quem ela teve a chance de, segundo os próprios personagens, "construir um amor". E o amor por acaso se constrói?
O que sei é que fiquei a pensar. Não no último capítulo, mas sobre as muitas possibilidades de amar que vão surgindo em nossas vidas.
Por que tratar um grande amor como se ele fosse o último? Por que não nos permitirmos ter vários grandes amores em vez de nos limitarmos a um só, nem que seja por teimosia? Isso mesmo, um amor pode acabar, pode nem mesmo ter sido um amor, ou pode ter sido uma outra forma de amar e, por não termos a coragem para assumirmos a nós mesmos que chegou ao fim, acabamos num ciclo vicioso que nos reporta ao tal "grande amor" como se ele fosse o único.
Não... Que venham os outros grandes amores que viverei em minha vida. E como diz minha avó: "casamento termina até na porta da igreja".
E eu que já vi terminarem às vésperas das bodas de prata, prefiro fazer como Maya, que deixou Bahuan ser, tão somente, mais um grande amor.

7 comentários:

  1. É isso aí! Bola pra frente se seja feliz!
    Mas esqueça as novelas.Elas hipnotizam,influenciam e maqueiam sob o argumento de que refletem a realidade.Besteira!

    Bj

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  2. Amar se aprende amando. E por isso se fala é construção do amor, até porque há muito mitos do Amor. E a propaganda do mito do Amor se deve as revistas, novelas, cinemas, histórias e contos... Bem, terminaríamos amanhã de manhã, rsrsrs. É um tema pra ser muito discutido, pois sabemos pouco. Abraços

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  3. Anônimo, eu acredito que realmente as novelas tem muito de "fantasioso", de "extraordinário", até porque, no fundo, nós necessitamos de algo que nos tire um pouco da realidade nua e crua. Isso é inerente ao ser humano, todos nós precisamos de um pouquinho de "circo", não é mesmo? Mas obviamente não podemos perder o senso crítico, pois, assim, acabariamos dando margem a alienação... E, para tanto, não podemos ser extremistas, e existem aspéctos abordados nas novelas que podem servir como parâmetros para as nossas vidas, nem que seja pela simples indução à reflexão sobre determinado tema, como foi o caso, por exemplo. Mas obrigada pelo comentário.
    Norma, obrigada pelos seus comentários sempre tão sensatos e que nos induzem a uma visão crítica diante dos fatos.

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  4. Não há extemismo e sim um comentario embasado em estudos de psicólogos,sociólogos e especialsitas do assunto.
    Ouça a música "Televisão" dos Titãs de mais de 25 anos atrás ja falava sobre isso.O Rappa e os Tribalistas tambem ja cantaram sobre a TV.Ou que tal "Teatro dos Vampiros"de Renato Russo.Novela despertam e depois lhe conduzem conforme o interesse dela,influenciando voce.

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  5. Tudo bem, respeito a sua opinião. E concordo em parte, conforme o comentário anterior. Apenas acredito que a capacidade de alienação promovida por esse tipo de entretenimento varia de acordo com o público que assiste. Quem tem capacidade de dicernimento, senso crítico, etc, não se deixa influenciar por completo, sendo totalmente conduzido de acordo com o interesse da novela, por exemplo. E tenho certeza de que esse não seja o nosso caso. Mais uma vez agradeço pela participação.

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  6. Tanto o anônimo tem razão quanto a Fine Buscuit.

    Pois os Mitos do Amor são crenças hipnotizantes, são maquiagens difíceis de serem retiradas à simples lavagem. Com este pensar o anônimo tem inteira razão.

    Todavia, a crueza da vida, retira dela o melhor, a Fine Buscuit tem inteira razão, o Encantamento. Sem a beleza do encanto, a vida não vale a pena ser vivida.
    Encantamento significa expor o belo de dentro de si, mudar as estruturas engessadas, criando o caminho da beleza.

    Lembrando o escrito de um poeta sonhador Roberto Crema:

    A razão só tem razão se dentro dela pousa alegre um CORAÇÃO.

    Tudo tem que ser levado em consideração.
    Razão e desrazão, sem esquecer o coração.

    Gostei!!!!!!!!!
    Abraços

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