sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Bailarina de nariz empinado!


Quando Michael Jackson faleceu, e muito se mostrou sobre sua arte, lembro-me que em uma das muitas entrevistas reprisadas, ele se colocou, sabiamente, quando questionado sobre o que pensava enquanto dançava. Disse assim: “Se eu pensar, eu não danço. Apenas sinto.”
Estava me lembrando disso hoje, não sei bem o porquê. Talvez uma onda de otimismo tenha me contagiado depois de ouvir algumas musicas que eu nem me lembrava mais que estavam guardadas em meu PC. E meio que, de repente, também, acabei me sentindo nostálgica ao me recordar do meu tempo de bailarina.
Tudo bem que eu nunca fui uma Ana Botafogo, e sempre soube que nunca seria. Isso ficou claro para mim desde quando percebi que, por ser muito alta, durante as coreografias, sempre me colocavam no fundo, e constantemente eu acabava fazendo parte do cenário... Alem disso, nunca gostei de Jazz, ou outro ritmo alternativo, como Claudia Raia (que provavelmente não se limitou ao Ballet ao passar pela mesma experiência).
Eu insistia no clássico, mesmo sabendo que seria por tempo limitado, mesmo sabendo que, em um curto espaço de tempo, todos aqueles lindos momentos fariam parte, apenas, de uma gostosa lembrança de minha vida.
Mas valeu tanto a pena... E até hoje ao olhar as fotos, é impossível não vincular minha adolescência ao Ballet.
Aquelas aulas não me limitaram a matéria exigida pelo Royal Academy London, mas, também, me deram subsídios para enfrentar a realidade.
Disciplina, postura, resistência, senso de responsabilidade, ética no que diz respeito à competitividade, e mais uma série de conceitos importantes que carregarei para sempre com muito orgulho.
Eu posso não viver do Ballet, mas, com certeza, nunca deixarei de ser uma bailarina.


* A imagem que selecionei para ilustrar melhor meu post se trata da clássica cena "Ballet dos Hipopótamos", do antológico filme "Fantasia", da Disney, rodado na década de 40.

3 comentários:

  1. Disciplina, postura, resistência, senso de responsabilidade, porte, imponência, elegância, etc, são qualidades que eu sempre admirei em ti, algo que o Ballet só potencializou e te fez ainda mais encantadora...

    Lindo post!Só faltou uma foto tua dançando!

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  2. Bem amiga,mais um dos nossos papos virou tema em seu blog.Bem gente,minha filha de 4 anos é uma bailarina,assim como Debi,ela é uma criança alta,disciplinada e q faz do Ballet um conto de fadas,e é assim q cada pessoa que teve a oportunidade de fazer o ballet classico deve se sentir e não como o "patinho feio" entre as bailarinas,pois cada pessoa tem seu espaço e brilha à sua maneira.

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