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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sofra sempre sorrindo...






Ontem, durante o encontro de secretárias e apoios diretos de gestores, quando se falou sobre a “Janela de Johari”, e nos pediram que comentássemos quais as características percebidas, ao mesmo tempo, por nós mesmos e pelos outros, eu não tive dúvidas ao responder: “minha capacidade de estar sempre sorrindo, mesmo diante dos problemas.”

Não é a coisa mais fácil do mundo. Mas, quando se percebe que essa é a melhor alternativa, o fardo diminui aos nossos próprios olhos. Consequentemente, torna-se mais viável lidar com as adversidades.

A palavra “máscara” nos remete a algo ruim, depreciativo. O mascarado é o falso, o escorregadio, que se esconde que finge ser o que não é. Mas, afinal, o que eu sou deve me limitar tanto? Seria justo rotular o ser humano, em sua complexidade?

Jung dizia: “rode as máscaras”. E tenho certeza de que ele se inspirou em Darwin, pois, ao defender sua teoria sobre a evolução das espécies, por meio da seleção natural, argumentava que não sobreviveria a mais forte e, sim, aquela que conseguisse melhor se adaptar ao meio.

Tenho aprendido a sofrer sorrindo. E isso tem me feito muito mais feliz.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

"São tempos difíceis para os sonhadores."


Pintor: "Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que estão presentes."
Amelie: "Hummm, pelo contrário. Talvez faça de tudo para arrumar a vida dos outros."
Pintor: "E ela? E as suas desordens? Quem vai pôr em ordem?"


Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

2012!!!


Uma das coisas mais legais de se ter um blog é justamente a possibilidade de poder voltar às postagens antigas e compará-las com o que exporíamos hoje. É como se pudéssemos olhar para nós mesmos, de longe, e acompanharmos a nossa evolução com graça e segurança.

Agora mesmo, pouco antes de começar a depositar no meio virtual as expectativas para 2012, reli o que havia escrito em 2009, com todos os meus desejos para 2010. Para quem não se lembra, segue o link:

http://finebiscuit.blogspot.com/2009/12/que-venha-2010.html

Às vezes, fico a me perguntar se é bom mantermo-nos fiéis a tudo aquilo que desejamos ou, permitirmo-nos mudar de sonhos. Está bem, eu já conheço a resposta...

De qualquer modo, hoje não quero pedir; só agradecer.

domingo, 20 de novembro de 2011

Ingratidão


Se existe uma coisa nessa vida que efetivamente me incomoda é a ingratidão. Ultimamente tenho visto muitas cenas que refletem exatamente isso. Não necessariamente ligadas a mim, mas que, nem por isso, tornam-me menos indignada.

Algumas frases para reflexão:

“Ingratidão é uma forma de fraqueza. Jamais conheci homem de valor que fosse ingrato.” Johann Goethe

“A ingratidão é filha da soberba.” Miguel Cervantes

“Solidão?
sim, com gelo e limão.
Ingratidão?
não, obrigado.”
Torquato Neto

*Foto encontrada na Internet.

O bode.


Certa vez dois amigos se encontraram. Um deles, bastante queixoso, relatou ao ouro todo sofrimento pelo qual estava passando, por conta da esposa, filhos e, principalmente, da convivência com a sogra, que passara a residir com eles.
Após ouvir atento, o amigo disse que havia uma solução. Sugeriu-lhe que levasse um bode para passar um período em casa, com a justificativa de que a sua família ingrata sofreria o suficiente para aprender a lhe dar o devido valor...
E assim foi feito. Pouco tempo depois lá estava o animal estranho dentro de casa, convivendo com os seus, para o desgosto geral.
Evidentemente, muitas brigas ocorreram. E brigas feias, não apenas as pequenas desavenças de antes.
Os amigos se reencontravam, e as queixas só aumentavam: o bode fede, e minha mulher e sogra já tropeçaram nele várias vezes. As crianças parecem se divertir puxando o seu rabo e, por vingança, tenho certeza, ele quebra os objetos. Nem eu agüento mais...
Calma, meu caro. Você vai ver que, com o tempo, tudo vai melhorar... Faz parte da solução de todos os seus problemas! Aguarde e confie!
Foi assim, por muitos meses até que, para alívio comum, seu amigo foi buscar o bode.
Algum período depois, houve novo encontro.
Como vão as coisas? Sua esposa, filhos e, sobretudo, sua sogra, ainda são motivo de chateação?
Ah... Que nada! Depois da saída do bode, tudo se transformou! Agora é uma maravilha!


Ouvi essa história quando era criança. Um professor me contou como se fosse uma piada.
Entretanto, é bom refletir sobre a mensagem que ela nos passa. Como as pessoas não costumam dar valor ao que tem, até que as coisas piorem significativamente e, com elas, venha também a sabedoria.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Diário de uma Paixão


Diário de uma Paixão não é um filme para ser assistido em um momento de descrença aguda da humanidade. Aliás, pensando melhor, talvez até sirva para abrandar os corações de quem parece ter perdido, mesmo que momentaneamente, a fé no amor.
Eu sei que mergulhar nesses romances me afasta do real, e me deixa ainda mais vulnerável a todo tipo de canalha, que vive de dar “pequenos golpes” nos corações de gente idealista como eu. Porém, não consigo não vibrar com essas histórias e, a cada cena, não perder a esperança de que em algum momento de minha vida sentirei algo semelhante também.

Sinopse:

Numa clínica geriátrica, Duke, um dos internos que relativamente está bem, lê para uma interna (com um quadro mais grave) a história de Allie Hamilton (Rachel McAdams) e Noah Calhoun (Ryan Gosling), dois jovens enamorados que em 1940 se conheceram num parque de diversões. Eles foram separados pelos pais dela, que nunca aprovaram o namoro, pois Noah era um trabalhador braçal e oriundo de uma família sem recursos financeiros. Para evitar qualquer aproximação, os pais de Alie a mandam para longe. Por um ano Noah escreveu para Allie todos os dias mas não obteve resposta, pois a mãe (Joan Allen) dela interceptava as cartas de Noah para a filha. Crendo que Allie não estava mais interessada nele, Noah escreveu uma carta de despedida e tentou se conformar. Alie esperava notícias de Noah, mas após 7 anos desistiu de esperar ao conhecer um charmoso oficial, Lon Hammond Jr. (James Marsden), que serviu na 2ª Grande Guerra (assim como Noah) e pertencia a uma família muito rica. Ele pede a mão de Allie, que aceita, mas o destino a faria se reencontrar com Noah. Como seu amor por ele ainda existia e era recíproco, ela precisa escolher entre o noivo e seu primeiro amor.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O amor bom é facinho


Achei esse texto sensacional. Ele desmistifica o que, espero um dia, consiga ser realmente entendido pela maioria das pessoas.

Por que as pessoas valorizam o esforço e a sedução?

Por Ivan Martins


Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem. Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação, por exemplo. Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade se perde do mesmo jeito. Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho - esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade?

Eu suspeito que não.

Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói.

Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo?

Minha experiência sugere o contrário.

Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas.

Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado.

Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos?

Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer?

Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir?

Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios.

Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio?

Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.

* IVAN MARTINS É editor-executivo de ÉPOCA

domingo, 22 de maio de 2011

Nada é tão ruim...


Que não possa piorar!

OBS: Só para reforçar minha idéia de que eu venho reclamando de barriga cheia.


Foto: Dina Goldstein.

Um novo desfecho para Lady of Shalott


Eu acho a história (ou estória, já que se trata de uma lenda) de Lady of Shalott muito triste. Então, resolvi dar um novo desfecho para ela. Ousada, eu, não? Pode até ser. Mas atualmente não me vejo morrendo em um barquinho qualquer só por ter acreditado que a vida é muito mais que reflexos no espelho.

O começo pode ser aproveitado. Então, vou logo à parte nova:

Assim que Lady of Shalott avista Sir Lancelot, ela monta uma estratégia. Nada de sair desembestada atrás dele, como se ele fosse a última bolacha do pacote. Mesmo porque, o tal lance da maldição é algo punk demais, e ela não iria se arriscar tanto por causa de um carinha, mesmo que ele seja alto, lindo, maravilhoso (e domador de cavalos selvagens, como Lancelot).
O mecanismo usado também não importa. O que vale é que ela estava tão segura de si que dificilmente seria atingida. E tem mais: na verdade, encontrar Lancelot era apenas um pretexto. No fundo ela já estava de saco cheio daquela porra de torre, e estava doidinha para dar um “rolé” e “cair na night” de Camelot.
Ela descobriu que a maldição consistia no que ela já vivia e, não, no que ainda pretendia viver. Por isso, ela virou-se para Lancelot e disse: E aí Lotinho (para os íntimos)! Pode ser ou ta difícil?
Ele ainda argumentou que seu coração já tinha dona... Mas ela insistiu: Qual é Lotinho! Guinevere é passado... Ela já está em outra faz tempo, e você ainda fica nessa?
Sendo assim, desceram juntos rumo ao castelo mais próximo, onde souberam que ia rolar uma balada “mara”! Divertiram-se a noite inteira (pensem numa putaria?).Quanto aos detalhes, nem se tivesse uma imaginação de Júlio Verne ela conseguiria acreditar!
Se Sir Lancelot havia esquecido Guinevere para sempre, ela nem sonhava saber. E nem precisava. Naquele momento, estava muito feliz e isso era o bastante.
Em todo caso, ela sabe que ainda tem a vida inteira pela frente... E se Lotinho for esparro, ela ainda conhecerá Sir Fulano, Sir Sicrano, Sir Beltrano... Afinal de contas, gata ela é.


*Imagem: The Lady of Shallot Looking at Lancelot by John William Waterhouse.

sábado, 16 de abril de 2011

Desperdiçando o Amor

Engraçado, esses dias me lembrei dessa musica. Talvez por ter tido um estímulo não diretamente relacionado; um cd do Linkin Park, no carro de uma pessoa.
Aí fiquei pensando nessa letra, em como ela é contemporânea e cada vez mais realista.
Parece que desperdiçar o amor virou algo comum, como aqueles dois dedinhos da bebida que a gente deixa o garçom levar, por julgar que não iremos tomar. Afinal, é só um restinho.
Como estamos "desperdiçando o amor em uma carícia desesperada", como diria o velho Bruce. E como isso tem me entristecido.
O vídeo contém a tradução, para quem tiver interesse em refletir, enquanto se entrega à melodia.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Simplesmente deixar...


Ele me pediu, hoje, que o deixasse ir. Não o homem que se tornou, mas aquele menino que eu havia conhecido, anos atrás, quando fez parte de minha vida. Que se incomodava muito por saber que a imagem que eu guardei ficou congelada no tempo, e que não corresponde mais a quem ele se tornou. E que esse julgamento velado volta com toda força, nas mínimas ações, nos comentários mais simples e, aparentemente, ingênuos.
Eu perguntei a mim mesma, depois a ele: “será mesmo que eu consegui perdoar?”
Embora não tenha achado a resposta, ele já sabia: você já me perdoou, só não consegue me deixar ir. Eu não sou quem você guardou e que projeta agora em mim. Essa é você mesma, pois está tudo dentro de você.
Volta e meia a gente escuta a palavra “desapego” e, geralmente, não consegue digeri-la como se deve. Não por não termos a capacidade para compreendê-la, mas por não querermos mesmo. Porque não é fácil abrir mão, mesmo de algo que já não queremos de verdade, há muito tempo. Porque o nosso ego fala mais alto e, lamentavelmente, caímos na nossa própria armadilha. O resultado é um círculo vicioso que pode nos atrapalhar por anos a fio.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Viva a estratégia!



Nada como ser um bom estrategista....rs

A arte de negociar!

PAI - escolhi uma ótima moça para você casar.
FILHO - Mas, pai, eu prefiro escolher a minha mulher.
PAI - Meu filho, ela é filha do Bill Gates...
FILHO - Bem, neste caso, eu aceito.

Então, o pai negociador vai encontrar o Bill Gates.

PAI - Bill, eu tenho o marido para a sua filha!
BILL GATES - Mas a minha filha é muito jovem para casar!
PAI - Mas este jovem é vice-presidente do Banco Mundial...
BILL GATES - Neste caso, tudo bem.

Finalmente, o pai negociador vai ao Presidente do Banco Mundial.

PAI - Senhor Presidente, eu tenho um jovem recomendado para ser vice-presidente do Banco Mundial.
PRES. BANCO MUNDIAL - Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, mais do que o necessário.
PAI - Mas, senhor, este jovem é genro do Bill Gates.
PRES. BANCO MUNDIAL - Neste caso ele pode começar amanhã mesmo!

Moral da estória: Não existe negociação perdida. Tudo depende da estratégia.

"Se um dia disserem que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:
A Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic..."

* Texto recebido por e-mail.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Chelsea Handler xinga Angelina Jolie de ladra de maridos




Hoje vi na Internet a seguinte manchete: “Chelsea Handler xinga Angelina Jolie de ladra de maridos”.
Li toda a reportagem, que ainda trazia a seguinte fala da artista: "Eu odeio Angelina Jolie. Ela pode resgatar quantos bebês de quantos países quiser. Eu não acredito em vocês p**** nenhuma... Ela dá entrevistas dizendo que não tem nenhuma amiga mulher. É porque você é uma p***, uma ladra de maridos."
Sinceramente, eu não acredito que tenha existido outro motivo, além da autopromoção, que possa ter levado essa criatura a se expor dessa forma. Não vejo nenhum ato de lealdade em relação à amiga (Jennifer Aniston, que perdeu Brad Pitt para Jolie), pois também não acredito que, após tanto tempo, Jennifer ainda não tenha superado. Não é possível, desculpem, mas não entra em minha cabeça.
Triângulos amorosos sempre existiram e nunca deixarão de existir, dentro e fora de Hollywood. E é impressionante como algumas pessoas reagem frente a esse tipo de situação. Como existe uma tendência machista a apontar culpados, como se quem estivesse de fora tivesse o dom supremo de julgar e condenar essa ou aquela parte envolvida, sobretudo sem levar em consideração pormenores desconhecidos e que, geralmente, são pontos importantes para o desfecho de uma história.
Será Angelina uma destruidora de lares?
Será Jennifer uma completa idiota?
Será Brad um tremendo sacana?
Vou segurar a tentação. Prefiro não comentar.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Incoerência


Eu nunca fui uma pessoa extremamente observadora. Embora não veja isso como qualidade, também não acho que seja errado cuidar da minha própria vida em vez de passar boa parte do tempo analisando os gestos alheios. Porém, algumas vezes o ser humano consegue apresentar um discurso tão incoerente em relação as suas atitudes, que o meu desligamento cai por terra.
Fico impressionada ao notar como alguém é capaz de sustentar palavras de impacto com tamanha sensatez, mas, pouco tempo depois, ao sentir na própria pele alguns efeitos, não consiga colocar em prática nada daquilo que havia defendido.


Algumas frases para reflexão:


"Nada pode ser estável se não parte de um princípio sólido." (Michel de Montaigne)

"Pimenta no cu dos outros é refresco." (Ditado popular)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Aos nordestinos


Achei esse texto incrível... É longo, mas vale a pena.

Conhecer

José Barbosa Junior

A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.

Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o

Serra... outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.

Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".

Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros "brasileiros" também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos "amigos" Houaiss e Aurélio) do nosso país. E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!
Os nordestinos devem ficar quietos!

Cale a boca, povo do Nordeste!

Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?

Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?

Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?

Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos... pasmem... PAULISTAS!!!

E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.

Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo "carioca" Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.

Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura...

Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner...

E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia...

Ah! Nordestinos...

Belezas naturais? As praias de Maceió, Porto Seguro, Porto de Galinhas... A Chapada Diamantina, o Canyon do São Francisco, as dunas de Natal...

Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?

Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.

Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de "cachorras". Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!

Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para "um dia de princesa" (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!

Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário... coisa da melhor qualidade!

Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso... mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!

Minha mensagem então é essa: - Calem a boca, nordestinos!

Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.

Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.

Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: "O sertanejo é, antes de tudo, um forte!"

Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

Metade de minha familia é do nordeste. Para ser mais especifico, de Recife, Pernambuco. Povo sofrido, esquecido propositadamente pelos politicos do sul e sudeste, que transformam a região em curral eleitoral. Mas o sofrimento não tira do nordestino o principal: seu CARÁTER e sua MORAL. Povo inteligentíssimo e firme em suas convicções, e, apesar de todas as dificuldades não esmorece. De minha familia tenho advogados, agronomos, fiscais da receita federal e de alfândega, diretores de estatais, comerciantes, doutores, e a lista vai longa.

Infelizmente o racismo ou o regionalismo aparece quando o incompetente, o mediocre e sem talento, vê ameaçado o seu "mundinho" por alguem que ele considera como "nada" devido a sua arrogância e comodismo - "pobre menino[a] rico do sul - depende totalmente do papai e da mamãe".

Que o Senhor Jesus continue abençoando o povo nordestino e também do norte do país, para que produza cada vez mais frutos que movam a sociedade e a cultura desta nação!

Fonte: Autor José Barbosa Junior / Crer é Pensar - via Blog do Hermes> Fernandes


domingo, 17 de outubro de 2010

Que coisa!


Uma amiga estava me contando que uma colega do trabalho conheceu um carinha e que, no primeiro dia que saíram, ele fez aquelas perguntinhas triviais, como, o que ela fazia da vida, etc. Ao comentar que era formada e servidora pública, ele argumentou que sendo bonita, inteligente e independente, tinha de ter um defeito... Quis ser engraçadinho e me saiu com essa:
“Qual é, você ronca, peida ou caga de porta aberta?”
Depois disso, por motivos óbvios, ela não voltou mais a sair com essa figura grosseira.
Aí, eu fiquei pensando... O que leva um homem a perguntar algo assim a uma mulher, ainda na fase da conquista?
Ficamos conversando a respeito, e chegamos a algo perto de uma conclusão: parece que as mulheres hoje se oferecem tanto, que eles não se esforçam para nada. E nem precisam mais... Acham que todas estão tão desesperadas que, quando vêem uma que não está, ficam até assustados! É, deve ser por isso que aparecem com essas pérolas...

domingo, 3 de outubro de 2010

Comer, Rezar e Amar.


Pensem em um filme chato. Elevem ao quadrado, aliás, ao cubo. Esse é o resultado final da produção Comer, Rezar e Amar, estrelado por Julia Roberts, baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert.
Tudo bem que eu seja suspeita para falar, afinal de contas, eu nunca fui fã de livros de auto-ajuda. Porém, como sou brasileira, e não desisto nunca, estava jurando para mim mesma que a versão cinematográfica poderia me causar fortes emoções. Ok, ok, lá no fundo eu já sabia que não seriam tão fortes assim...
Não li o livro, mas acho que não gostei do filme por não conseguir entender como uma crise existencial pode levar uma pessoa tão longe; no caso dela, no sentido literal mesmo.
A criatura larga tudo em New York (emprego, casa, marido, amigos...) e vai de mala e cuia para três partes estratégicas do mundo: Itália, Índia e Bali. Não precisa ser historiador para deduzir qual a relação do título da obra com cada um desses lugares, não é mesmo?
Agora eu me pergunto: para que ir tão longe para fazer coisas tão óbvias?
Vejamos o meu caso, por exemplo. Se eu tenho uma Cantina Volpi, localizada praticamente na esquina da casa de minha avó, por que sairia daqui para comer pizza na Itália?
Para rezar, precisava ir até a índia? Com certeza? Tudo bem que a Índia é tida como um país altamente espiritualizado, e blá blá blá, porém, bastava ter assistido a alguns capítulos daquela novela, Caminho das Índias, que já dava para pegar várias dicas. Depois, era só acender uma velinha para Santo Antônio, e resolver tudo sem sair de casa mesmo!
Quanto a amar... Poxa vida, minha gente, eu sei que o trânsito que se pega para chegar à Pinto de Aguiar é complicado, mas garanto que não é nada comparado a uma passagem para a Indonésia.
Obviamente eu estou tirando um sarro dessa história. Não há como não encarar com bom humor a dúvida, que ainda insiste em povoar tantas mentes: será que é preciso ir tão longe para descobrir o que existe dentro de si mesmo?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Parabéns administradores!!!


Hoje é o dia do Administrador. Esse profissional que, como dizem por aí, “sabe um pouco de tudo e muito de nada”. Não que eu concorde, mas entendo bem o porquê.
Talvez esse seja um dos pilares que sustente o absurdo que se percebe em concursos públicos, ao se exigirem dos bacharéis em “qualquer área de formação”, conhecimentos que se aprende no curso de Administração e, conseqüentemente, exclui de nós, administradores de verdade, o direito de concorrermos apenas com nossos colegas de classe.
De qualquer forma, parabéns!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Para quem é gato...


Ode ao Gato

Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça vôo.
O gato,
só o gato apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.

O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.

Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa
só como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogar as moedas da noite .

Oh pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.

Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertences
ao habitante menos misterioso
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gato, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos do seu gato.

Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e o seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos têm números de ouro.


Pablo Neruda