terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Homens, por favor: deixem seus pelos... Isso é um apelo...


É, eu seu que esse assunto é polêmico, e eu até que estou em uma fase calma de minha vida. Mas foi inevitável... Realmente, não consegui conter meus “dedinhos” e tive de escrever sobre a tal da depilação masculina.
Desculpem-me metrossexuais e meninas modernas, mas eu sou à moda antiga. Homem, para mim, tem que ter pelos. Claro que não precisa ser nenhum Tony Ramos (nada contra o maravilhoso ator, apenas uma referência à sua incomparável “cabeleira”)...
Quando depilam o peito, eu até tolero, afinal, tem alguns homens que malham muito e sentem uma necessidade quase que mórbida por exibir seus objetos de adoração: os músculos do tórax, abdômen... Mas daí a depilar sovaco e outras partes que, tenho certeza de que não dá... Sem condição!!! A mulherzinha aqui sou eu, ué!!!
E tem mais: imagino que quem depile o sovaco também depile o resto, logo, se eu vir o sovaco antes, com certeza não passarei para o próximo estágio e serei poupada de constrangimento ainda maior...
Homens, por favor: deixem seus pelos... Isso é um apelo... Gostaram do trocadilho?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Falta do que fazer...


Quem vive de passado?
Resposta: Museu!
Quem vive de presente?
Resposta: Papai Noel!
Quem vive de futuro?
Resposta: Cartomante!

Está bem, eu sei que esse post é inútil, e que essa piadinha é infame, mas, vocês sabem como é, o mês está chegando ao fim e, até agora, a inspiração não tem sido minha fiel companheira. Como não queria deixar de escrever alguma coisa, acabei escrevendo isso aí.
E depois, qual o problema com o cúmulo da falta do que fazer?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aniversário do Blog!!!


Hoje faz um ano que eu comecei a escrever. O “Fine Biscuit”, que denominei, carinhosamente, “espaço cor- de- rosa”, vem fazendo sucesso e ganhando cada vez mais seguidores.
De lá para cá, demonstrei tantos sentimentos... E entre presepadas e coisas sérias, fui deixando um pouco de mim. É a minha vida refletida por meio de palavras!
Que maravilha...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Os Infortúnios da Virtude...


Sade era um grandessíssimo sacana. Disso não tenho dúvidas. Mas estou convencida, também, de que poucos conseguiram externar o podre que habita em nós, de maneira tão realista e direta.
Finalmente eu satisfiz o meu desejo antigo de ler Justine ou Os Infortúnios da Virtude, que dizem ser a sua melhor realização. As quase duzentas páginas foram devoradas em menos de vinte e quatro horas (não sei se pela capacidade de envolvimento da obra, ou se pela minha curiosidade, principalmente pelo fato do livro ter chegado até mim sem que eu esperasse). Será que o Marquês consideraria isso um infortúnio conseqüente à minha virtude?
Por meio do sofrimento de nossa heroína e, muito antes de Darwin e sua teoria sobre a evolução das espécies pela seleção natural, Sade faz uma crítica feroz ao ser humano.
Justine, a personificação da boa fé, a cada gesto de generosidade era levada ao martírio. A inocência, uma de suas principais características, tornava-na um alvo fácil perante a lei do mais forte.
Enquanto sua irmã Juliette transformava-se em uma mulher bem sucedida, por ter optado levar uma vida oposta a tudo que se considera politicamente correto e justo, ela ia colhendo os infortúnios causados por sua própria virtude.
Figuras como a perigosa Dubois ou o tirano Dalville que era, segundo a própria Justine, “o mais rico dos criminosos da Terra”, nos induzem a acreditar na maldade como algo mais próximo do que se possa idealizar. Suas expressões altamente convincentes tentam nos levar a entender tudo que justifique o que há de mais cruel no mundo.
Se não bastasse a “essência maldita”, membros do clero tornaram-se personagens repugnantes aos olhos de qualquer pessoa que se limite a alguns tapinhas. Isso contribuiu ainda mais para que o autor fosse repudiado pela Igreja. Além disso, a religião é apresentada como um refúgio para os fracos.
O final é realmente especial, e contém uma sátira digna da acidez e sarcasmo naturalmente peculiar ao Marquês.
Longe de ser um trabalho pornográfico, os detalhes que envolvem sexualidade ficam a cabo de nossa própria imaginação. E talvez seja isso que nos choque, não suas palavras.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Amor de Verão, Outono, Inverno e Primavera...


Chega-me como o Verão, cuja virilidade me inebria de modo que não me deixa alternativa a não ser recebê-lo. E o Verão é quente, lascivo, e me leva ao muito esperado desconhecido. Traduz em mim a verdadeira vontade de transcender o que me vinha sendo lógico por toda vida. Faz-me tão disposta que me acabo brega em seus braços, ouvindo suas canções.

Então se vira Outono, e não é mais o mesmo macho. Eu me pergunto, mas insisto sem entender, pois o que tenho é muito bom; é melhor. E prossigo, porque a volúpia já não é mais a protagonista dessa história. O que me move é a nobreza do que nos une. E tudo isso implica felicidade.

Como Inverno ainda é bem vindo. Eu sabia, desde quando Verão, que seria assim. É tão esperado que nem faço festa, apesar da dor. Eu gosto do frio, pois ele mensura o que sinto e me inspira a continuar.


Depois de tudo é Primavera...

Pastorinha amorosa...


O Pastor Amoroso
Alberto Caeiro


O pastor amoroso perdeu o cajado,
E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,
E de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe pira tocar.
Ninguém lhe apareceu ou desapareceu.
Nunca mais encontrou o cajado.
Outros, praguejando contra ele, recolheram-lhe as ovelhas.
Ninguém o tinha amado, afinal.
Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo:
Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre,
As grandes montanhas longe, mais reais que qualquer sentimento,
A realidade toda, com o céu e o ar e os campos que existem,
estão presentes.
(E de novo o ar, que lhe faltara tanto tempo, lhe entrou fresco
nos pulmões)
E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor,
uma liberdade
no peito.

Sobre a Ilustração: Pastorinha de cabras

Cheng Minsheng ( QinDu, China, 1943)

Dalva e Herivelto!


Ontem fui a uma feijoada na casa de um amigo e sentei-me a uma mesa junto com outros amigos dele (que eu, até então, não conhecia). Inicialmente pensei que ficaria meio deslocada no ambiente, porém, quando percebi que o assunto era a mine-serie “Dalva e Herivelto”, senti-me praticamente em casa!
Que trabalho maravilhoso... Adriana Esteves apresentou-se de forma magistral... E Fafy Siqueira, ah... Acho que essa se saiu ainda melhor que a Dercy Gonçalves original!
As imagens foram de uma carga dramática impressionante e as cenas finais, principalmente a da morte da protagonista, ouvindo seu filho cantar ao seu ouvido, como se a estivesse ninando, foi de um lirismo que me fez chorar muito...
Também fiquei comovida com a cena em que ela sonha com a chegada de Herivelto (que na vida real não teve a mesma compaixão, e não a visitou em seu leito de morte).
A analogia fidedigna com os artistas daquela época, como as cantoras do rádio Marlene e Emilinha Borba, Nelson Gonçalves, Ataulfo Alves, dentre outros, também contribuiu para que o entretenimento prendesse nossa atenção ainda mais.
Estou convencida de que, digam o que quiserem... Mas a Globo bota mesmo para quebrar!