segunda-feira, 6 de julho de 2009

Meu pai!

Hoje meu pai voltou de viagem me fazendo uma surpresa: um celular novo, igualzinho ao dele. A surpresa foi ainda mais surpresa, pois, por telefone, ele havia me dito que tinha comprado um para ele e que me passaria o seu velho.
A verdade é que, desde pequena, eu sempre tive uma relação muito próxima com meu pai. Mais até do que com minha mãe, só não maior do que com minha avó. Talvez por ser homem, e certos “tabus” nos constranjam um pouco, obviamente alguns assuntos acabam por não serem abordados. Aquela velha história: ele finge que não sabe sobre nada e eu finjo que não sei que ele sabe, e vamos vivendo.
Recentemente atravessei alguns momentos bem conflitantes. Como diz uma amiga minha: “você teve uma experiência terrível, eu sei, mas pense que foi bom para você, de alguma forma você cresceu... Da pior maneira, mas cresceu. Deus não da ponto sem nó e tudo isso de certa forma foi importante para transcender um karma... Eu não sou a dona da verdade, mas sabemos que você se tornou mais mulher por dentro se preparando para desabrochar como um rosa...”
Mas meu pai não estava por perto. E não sei se por acaso, sonhei com ele justamente na véspera do auge do problema. Era possivelmente mais que um simples sonho. Eu conseguia sentir nitidamente a sensação. Ele chorava e me abraçava muito forte, como quando eu era menina, como numa época em que nossos abraços eram bem diferentes dos que costumamos nos dar hoje.
Acho que minha amiga estava certa em suas palavras. E meu pai também soube disso. Então vou corrigir: meu pai não estava “fisicamente” perto.

Um comentário:

  1. Poderia ter me ouvido, Biscuit, mas a vida dará o troco a quem não presta.

    Fica com DEUS!

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