quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Girafa Ferida


Seria uma puta pretensão me comparar a grandes nomes, mas, quando penso neles, começo a me preocupar.
Não que eu seja tão talentosa, tão, tão e tão... Mas sensível sei que sou. E aí reside o perigo: o lado comum que desperta a minha curiosidade justamente por gente assim, talvez, como eu.
E o maior receio não existe pelo meio e, sim, pelo fim. Alguém se lembra dos últimos dias de Florbela Espanca ou Camille Claudel?
E se Jung estivesse certo ao dizer que o que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino?
Dizer foda-se aos Rodins consome lucidez. Mas chegou a hora de provar para mim mesma quem eu realmente sou.
Como um veado ferido Frida até que ficou bem, mas, embora a girafa combine mais comigo, eu a prefiro de pé. Permitir-se ser linda e altiva ao comer sua saladinha no topo da árvore, para manter a forma, é mais interessante que ter flechas espalhadas pelo corpo de manequim. Também não sou adepta a chifres. Prefiro flores e laços para meus cabelos enfeitar.


A imagem acima é uma homenagem ao quadro de Frida Kahlo, que se chama: "O Veado Ferido", pintado em 1946.

3 comentários:

  1. É o que sempre te digo, meu anjo, não vale a pena ser mártir do porvir, o preço é altíssimo!

    Felizmente você tem juízo ehehe

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  2. Uma boa dica de filme: Frida,com Salma Hayek.Uma bela interpretação!Bom e profundo texto...Parabens!

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