Os diamantes são os melhores amigos das mulheres?

Diálogo:

Pessoa - Adivinha o que eu vou ganhar de dia dos namorados?

Eu - Não faço a mínima idéia.

Pessoa - Uma viagem! Ainda estamos escolhendo o lugar para onde iremos.

Eu - Hummm... Um presente que também será usufruído por ele?

Pessoa - É... De certa forma sim. Mas ele me deixou a vontade para escolher entre o passeio e outra coisa com valor semelhante.

Eu - Aff!!! E porque você não preferiu uma jóia, sua besta?

Não me lembro agora como o papo se encerrou naquele dia, mas, embora tenha me limitado a não alimentar mais a conversa (para não acabarmos discutindo), só passava pela minha cabeça a idéia de que ela estava sendo uma grandessíssima idiota. Isso mesmo: no meu momento maquiavélico eu só pensava que quando o canalha a fizesse sofrer no futuro, por qualquer motivo que fosse, ela só teria as lembranças de todos os artifícios usados para seduzi-la, e as lágrimas por permanecer presa, provavelmente por um bom tempo, aos “bons momentos” que nada mais eram que um legítimo disfarce que serviria para alimentar o ego do cafajeste.
Com um diamante nas mãos talvez ela se sentisse menos burra quando o cachorro colocasse sua auto-estima abaixo de zero. Pelo menos poderia se desfazer da jóia e ainda sairia no lucro. Só me vinha à cabeça Marilyn Monroe cantando o clássico “Diamonds Are a Girl's Best Friend”...
Estava pensando nisso. Nossa, eu não era assim, aliás, acho que ainda não sou. Mas é certo que de vez em quando tento transparecer.
Não sei se me tornar mais esperta garantirá menos sofrimento, mas acho que, ao final, os frios se saem melhor.
Está certo... Prometerei a mim mesma esquecer essas idéias, afinal, lutar contra si também não faz bem. E como diz uma amiga ao me ouvir soltando essas pérolas da amargura: “Agora só falta você mesma acreditar em tudo que diz.”
Essa talvez seja a maior prova de que, por mais que tente, eu não conseguirei deixar de ser uma romântica incorrigível...