domingo, 20 de novembro de 2011

O bode.


Certa vez dois amigos se encontraram. Um deles, bastante queixoso, relatou ao ouro todo sofrimento pelo qual estava passando, por conta da esposa, filhos e, principalmente, da convivência com a sogra, que passara a residir com eles.
Após ouvir atento, o amigo disse que havia uma solução. Sugeriu-lhe que levasse um bode para passar um período em casa, com a justificativa de que a sua família ingrata sofreria o suficiente para aprender a lhe dar o devido valor...
E assim foi feito. Pouco tempo depois lá estava o animal estranho dentro de casa, convivendo com os seus, para o desgosto geral.
Evidentemente, muitas brigas ocorreram. E brigas feias, não apenas as pequenas desavenças de antes.
Os amigos se reencontravam, e as queixas só aumentavam: o bode fede, e minha mulher e sogra já tropeçaram nele várias vezes. As crianças parecem se divertir puxando o seu rabo e, por vingança, tenho certeza, ele quebra os objetos. Nem eu agüento mais...
Calma, meu caro. Você vai ver que, com o tempo, tudo vai melhorar... Faz parte da solução de todos os seus problemas! Aguarde e confie!
Foi assim, por muitos meses até que, para alívio comum, seu amigo foi buscar o bode.
Algum período depois, houve novo encontro.
Como vão as coisas? Sua esposa, filhos e, sobretudo, sua sogra, ainda são motivo de chateação?
Ah... Que nada! Depois da saída do bode, tudo se transformou! Agora é uma maravilha!


Ouvi essa história quando era criança. Um professor me contou como se fosse uma piada.
Entretanto, é bom refletir sobre a mensagem que ela nos passa. Como as pessoas não costumam dar valor ao que tem, até que as coisas piorem significativamente e, com elas, venha também a sabedoria.

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