domingo, 3 de outubro de 2010

Comer, Rezar e Amar.


Pensem em um filme chato. Elevem ao quadrado, aliás, ao cubo. Esse é o resultado final da produção Comer, Rezar e Amar, estrelado por Julia Roberts, baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert.
Tudo bem que eu seja suspeita para falar, afinal de contas, eu nunca fui fã de livros de auto-ajuda. Porém, como sou brasileira, e não desisto nunca, estava jurando para mim mesma que a versão cinematográfica poderia me causar fortes emoções. Ok, ok, lá no fundo eu já sabia que não seriam tão fortes assim...
Não li o livro, mas acho que não gostei do filme por não conseguir entender como uma crise existencial pode levar uma pessoa tão longe; no caso dela, no sentido literal mesmo.
A criatura larga tudo em New York (emprego, casa, marido, amigos...) e vai de mala e cuia para três partes estratégicas do mundo: Itália, Índia e Bali. Não precisa ser historiador para deduzir qual a relação do título da obra com cada um desses lugares, não é mesmo?
Agora eu me pergunto: para que ir tão longe para fazer coisas tão óbvias?
Vejamos o meu caso, por exemplo. Se eu tenho uma Cantina Volpi, localizada praticamente na esquina da casa de minha avó, por que sairia daqui para comer pizza na Itália?
Para rezar, precisava ir até a índia? Com certeza? Tudo bem que a Índia é tida como um país altamente espiritualizado, e blá blá blá, porém, bastava ter assistido a alguns capítulos daquela novela, Caminho das Índias, que já dava para pegar várias dicas. Depois, era só acender uma velinha para Santo Antônio, e resolver tudo sem sair de casa mesmo!
Quanto a amar... Poxa vida, minha gente, eu sei que o trânsito que se pega para chegar à Pinto de Aguiar é complicado, mas garanto que não é nada comparado a uma passagem para a Indonésia.
Obviamente eu estou tirando um sarro dessa história. Não há como não encarar com bom humor a dúvida, que ainda insiste em povoar tantas mentes: será que é preciso ir tão longe para descobrir o que existe dentro de si mesmo?

4 comentários:

  1. Bom, sinceramente, nem achei o filme tão chato assim, já vi piores... mas para vc parar de me encher para que eu comente o blog... aqui estou eu dando o ar de minha graça!!! bjs

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  2. Ótimo comentário sobre o filme, ri bastante aqui... Bem, eu nem pretendia assistir por que realmente não gosto de livros de auto-ajuda, por dois motivos, mas isso não é o tema aqui...
    Vamos ao filme...

    Eu iria assistir por tabela, definitivamente, por sorte minha, foi melhor faltar-me dinheiro naquele "belo" dia... Há males que vêm para bem!

    E agora, lendo a sua bela crítica sobre filme, eu tenho certeza que não farei tal absurdo...

    Pinto de Aguiar? Salvador? Sou aluno da UCSal, não me lembre tal trânsito... Se bem que vale a pena pelos motivos certos! hehehe

    Abraços,
    Alan Santos (desaparecido por um tempo, mas retornando a ativa e com blog completamente reestruturado)

    http://www.nomeucanto.rg3.net

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