domingo, 3 de janeiro de 2010

Ode a minha tosse que parecia não ter fim.


As vezes faço perguntas a Deus, muitas delas por intermédio de Jesus, Nossa Senhora e mais uma galera de Mártires , e fico aguardando as respostas, ao meu modo. Só que muitas delas chegam por meio de sinais que, geralmente, eu até entendo, mas, bem depois...
Anos atrás, assisti a uma entrevista de Divaldo Franco, em que ele relatou uma história vivenciada por ele. Ela se assemelha muito a outra, protagonizada por mim, nesse ano que acabamos de deixar para trás.
Procurei na internet exatamente o que foi dito por ele, mas, como não achei nenhum registro, contarei, com minhas próprias palavras, o resumo de maneira respeitosa e fidedígna.
Divaldo fazia uma viagem de trem, quando ainda era jovem. No seu vagão, estava sentada uma bela moça e, perto dela, sentou-se um rapaz com ares de sedutor. Na realidade, Divaldo percebera quais as reais intenções daquele indivíduo e, notando, também, a ingenuidade da garota, rogou a Deus a intervenção de espíritos benfeitores a fim de que ele não obtivesse êxito em seus intuitos.
Algum tempo depois, ele percebeu a chegada de uma criatura que emanava muita luz. Divaldo agradeceu sua presença e acompanhou com o olhar o que seria feito por ela. Reparou que ela se aproximou da moça, colocou-se atrás dela e, começou a influenciá-la de algum modo.
Divaldo ficou preocupado, e tentava, na época, inexperiente, mostrar ao amigo espiritual, que o alvo não era a moça, mas, sim, o tal rapaz. Ele fazia sinais, apontava discretamente, tentava expressar, inutilmente, que o irmão de luz estava enganado; a moça era quem precisava de ajuda! Aquele rapaz, cheio de más intenções, era quem deveria ser influenciado a se afastar da jovem indefesa.
O tempo foi passando, o canalha contando histórias e mais histórias, que iam envolvendo a donzela, enquanto o amigo espiritual continuava a ignorar os apelos de Divaldo. Se ele pudesse, falaria alto: “Não, irmão querido, vá para o lado do rapaz, ele sim, precisa ser influenciado a sair de perto da jovem!”.
Alguns instantes depois, a moça começou a enjoar. A náusea foi tão inesperada que ela não teve condições de dirigir-se ao banheiro, vomitando, ali mesmo, toda refeição, no terno do rapaz...
Após esse constrangimento, ele ficou enfurecido e, obviamente, quebrou-se todo o clima...
O espírito ainda fez questão de sorrir para Divaldo. Era a prova de que sabia o que fazia. E Divaldo aprendera mais uma lição.
Talvez aquela moça tenha se culpado por um longo período... Possivelmente ela não tenha entendido que o seu vômito tenha significado sua própria salvação.
Eu tossi por quase dois meses, sem parar. Fui a vários médicos, dentre clínicos e pneumologistas. Fiz exames, mas, graças a Deus, “aparentemente”, a origem de minha tosse era desconhecida.
Ela só cessou depois que nós nos afastamos. E sei também que não nos distanciamos por conta disso. Mas estou convencida de que esse foi o principal intuito de Deus, por intermédio de quem me protege.
Não que eu fosse tão ingênua e ele tão canalha. Mas hoje eu não preciso mais tossir.


Divaldo Pereira Franco é natural de Feira de Santana, Bahia, Brasil.
É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade.
Fundou, juntamente com seu fiel amigo Nilson de Souza Pereira, o Centro Espírita Caminho da Redenção e a Mansão do Caminho, que atendem a toda a comunidade do bairro de Pau da Lima, em Salvador, beneficiando milhares de doentes e necessitados.

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