sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Entre Carmem e Micaela




La séguedille

Près des remparts de Séville
Chez mon ami Lillas Pastia
J'irai danser la Séguedille
El boire du Manzanilla.
J'irai chez mon ami Lillas Pastia.
Oui, mas toute seule on s'ennuie,
Et les vrais plaisirs sont à deux,
Donc, pour me tenir compagnie,
J'emmènerai mon amoureux.
Mon amoureux... il est au diable,
Je l'ai mis à la porte hier.
Mon pauvre coeur très consable,
Mon coeur est libre comme l'air.
J ai des galants à la douzaine,
Mais ils ne sont pas à mon gré
Voici la fin de la semaine,
Qui veut m'aimer? je l'aimerai!
Qui veut mon âme? elle est à prendre.
Vous arrivez au bon moment;
Je n'ai guère le temps d'attendre,
Car avec mon nouvel amant,
Près des remparts de Séville
Chez mon ami Lillas Pastia,
Nous danserous la Séguedille
Et boirons du Manzanilla
Tra la la la la la la la la
Tra la la la la la la la La




A taberna de Lillas Pastia poderia ser comparada, nos dias de hoje, ao antigo Casquinha de Siri (lugar que atualmente recebe outro nome, mas que, para a maioria dos soteropolitanos, continuará sempre conhecido como “Casquinha”).
Não me imagino freqüentando um estabelecimento como o de Lillas Pastia, porém, embora não costume rodar de braços em braços, despretensiosamente, como Carmem, é certo que meu temperamento forte me impede de ser comparada a Micaela.
A verdade é que não gosto de rótulos e, não entendo a necessidade de se levantar bandeiras. Porque não se pode admitir um meio termo? Porque a obrigação de escolher um lado do muro? Porque não aproveitar o melhor de cada uma e seguir um caminho diferente?
Recentemente, ao conversar com um amigo, deixei escapar um termo chulo. Sei que ele não se espantou pelo termo (que nem era tão chulo assim), mas pelo fato da “gentil palavra” ter sido pronunciada por mim. Confesso que não me incomodar com seu ar surpreso é aceitar que me seja atribuído um rótulo. Não gostei, mas, para não constrangê-lo ainda mais, preferi permitir que ele continuasse acreditando que foi um momento displicente que feriu meu “estereotipo”, nada mais. Todavia, as vezes fico a me perguntar se ele pensa que meu cocô é cor-de-rosa.
Pois é, meus queridos, nem meu cocô é cor-de-rosa, tampouco o aroma é de perfume francês.

Um comentário:

  1. Você é uma princesa linda e culta, mon bijout, é doce, meiga, elegante mas, é claro, também é humana, espontânea, brincalhona, pode ficar tranquila que te amamos e não exigimos que você vire uma bonequinha de cera ehehe

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