sábado, 7 de março de 2009
"Mary"
Embora sinalizasse minhas gordurinhas, ela nunca brigou por não conseguir fechar meu espartilho, como ocorria entre Mammy e Scarlett. Suas reclamações eram outras, mas, nem por isso, deixavam de me incomodar.
Não sei por que, mas, nos últimos dias antes do acontecimento doloroso, eu senti certa nostalgia.
Lembro-me que recentemente eu a pedi que preparasse ovos para que eu comesse no café da manhã. Mas antes que ela refletisse o incômodo por eu elevar seus afazeres, ao perguntar como queria, acrescentei: quero que você faça igualzinho a quando eu era criança.
Senti, nesse momento, que por mais que isso a importunasse, um sorrisinho do tipo canto de boca quase escapou, e isso nos deixou felizes.
Acho que só me dei conta de como as coisas haviam mudado e do quanto eu sentiria sua falta quando, ao perceber a filhinha da vizinha se aproximar, guiada por sua babá, pensei alto: Ela já fez tanto isso comigo...
Nessa hora não contive as lágrimas.
Que bom que o pior passou. Tudo é crescimento, mesmo tudo de ruim.
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Uma das coisas que mais me consola e tranquiliza no Espiritismo é essa coerencia em nos fazer acreditar e provar pelas experiencias mediunicas que nossa alma é imortal e a reencarnação dá sentido ao que temos de mais belo nas relações interpessoais que vao muito alem dos laços sanguíneos.Ter a sensação de nos conhecermos de outras vidas,principalmente quando prevalesce o carinho e o amor faz com que sejamos mais compreensivos uns com os outros em relaçao a defeitos e limitações.Pena que os laços de sangue nao acompanhem essa tendencia ainda.Pessoas vao e vem em nossas vidas,como "Chegadas e Partidas" do Verdadeiro Lar para este mundo temporário e transitorio.Somos irmaos de lutas e provas. A paz verdadeira está em "Nosso Lar". Grande beijo.
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