segunda-feira, 29 de junho de 2009

A diversidade está em todas as partes...





Estava aqui tentando corrigir o gabarito de uma prova que fiz recentemente, irritada por conta da lentidão do site da empresa organizadora do concurso (talvez devido aos milhares de acessos ao mesmo tempo), quando, de repente, comecei a ouvir uma melodia familiar que desviou minha atenção.
Fui até a janela, abri um pouco mais para tentar descobrir de onde vinha a musica. Imaginei que do garoto que mora no primeiro andar. Sei lá, como parecia ser o som de uma flauta, ou outro instrumento de sonoridade suave, ele era o único aqui do prédio que poderia estar aprendendo a tocar...
Não contente, fui até a varanda... E... Finalmente descobri que estavam tocando nada mais nada menos que Greensleeves. Agora pasmem: o som vinha da casa da frente cujos moradores são músicos que tocam em uma banda de metal...
Sim, meus amigos, confesso que nem eu acreditei. Isso é realmente surpreendente! Logo eles, tão acostumados a tocar os antigos sucessos do Metallica, Iron Maiden e outras bandas do gênero, resolveram ensaiar Greensleeves...
Pois é... A diversidade está em todas as partes... Melhor para mim, que pude me lembrar de uma canção tão linda que eu não ouvia há muitos anos...




A versão original de Greensleeves seria parecida com isto:

Alas my loue, ye do me wrong,
to cast me off discurteously:
And I haue loued you so long
Delighting in your companie.

Greensleeues was all my ioy,
Greensleeues was my delight:
Greensleeues was my heart of gold,
And who but Ladie Greensleeues.



Muitas versões foram criadas, atualizando a gramática da versão anterior. Aqui estão os mesmos versos em uma nova versão:

Alas, my love, you do me wrong,
To cast me off discourteously.
For I have loved you well and long,
Delighting in your company.


Chorus:

Greensleeves was all my joy
Greensleeves was my delight,
Greensleeves was my heart of gold,
And who but my lady greensleeves.

Your vows you've broken, like my heart,
Oh, why did you so enrapture me?
Now I remain in a world apart
But my heart remains in captivity.

Chorus

I have been ready at your hand,
To grant whatever you would crave,
I have both wagered life and land,
Your love and good-will for to have.

Chorus

If you intend thus to disdain,
It does the more enrapture me,
And even so, I still remain
A lover in captivity.


Chorus

My men were clothed all in green,
And they did ever wait on thee;
All this was gallant to be seen,
And yet thou wouldst not love me.

Chorus

Thou couldst desire no earthly thing,
but still thou hadst it readily.
Thy music still to play and sing;
And yet thou wouldst not love me.


Chorus

Well, I will pray to God on high,
that thou my constancy mayst see,
And that yet once before I die,
Thou wilt vouchsafe to love me.


Chorus

Ah, Greensleeves, now farewell, adieu,
To God I pray to prosper thee,
For I am still thy lover true,
Come once again and love me.




* Conta a lenda que Greensleeves foi composta pelo rei inglês Henrique VIII (1491 - 1547). A lenda refere que Henrinque VIII a fez para a sua amante e futura rainha consorte Ana Bolena. Ana rejeitou as tentativas de Henrinque de seduzi-la e esta rejeição é aparentemente a que se refere na canção, quando o escritor do amor "vazio". No entanto, Henrinque não escreveu "Greensleeves", que provavelmente é do período Isabelino e é baseado num estilo italiano, cuja composição não chegou a Inglaterra até depois da sua morte.

Desespero com bom humor!


Hoje fui surpreendida por um amigo meu que, sem me dizer nada inicialmente, enviou-me o link de um blog, aparentemente anônimo, em que era motivada uma campanha em prol das solteiras frente ao aumento de casos de homossexualismo.
Primeiro, eu quase me mijei de tanto rir ao visualizar a foto. Segundo, eu comecei a pensar a que ponto chega o desespero por arranjar um namorado, marido ou qualquer porra do sexo masculino (não, isso não é um trocadilho). Estou com a boca (e os “dedinhos digitantes”) muito sujos, não?
Dentre os comentários contidos no tal blog, que tem mais de 60 mil acessos, estão alguns engraçadíssimos, como, por exemplo:

“A que ponto chegamos, não? Os homens fogem das mulheres, as mulheres dão as costas pros homens! É justo, muito justo, justíssimo!”


“Nunca se acentuam: (a) as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes – ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor etc.; (b) os infinitivos em i, seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las – fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.
Ok, agora repitam comigo: CU NÃO TEM ACENTO. Ou ainda: o único cu que tem acento é o de quem escreve errado e imagina um imenso acento a penetrar seu u.”


“Muitos realmente andam se preocupando com homosexualismo e ainda mais com o cú de acento ou cu sem acento…
Um estava tão cansado de tomar, que mandou a mulherada ir… rsrs
O que vale é a criatividade das pessoas…
O meu tá aki, se tá com acento ou não, nem reparei…rs”


Brincadeiras a parte, gostaria de deixar claro que não sou homofóbica e que não aderi à campanha (antes que os engraçadinhos de plantão resolvam me perguntar). Apenas achei bastante divertida a gozação, no bom sentido hehehe ... :)
Quem quiser conferir, pode ficar à vontade:

http://sofismo.wordpress.com/2009/05/21/campanha-contra-o-homossexualismo-masculino/

domingo, 28 de junho de 2009

A morte de Antônio.


Meus amigos, eu estou arrasada. Seu falecimento me causou profunda indignação.
Para dizer a verdade eu estou muito puta da vida mesmo!!! Como Antônio pôde morrer? Como eles puderam fazer isso com ele?
Enquanto ele agonizava na cama, eu pensava: que nada, isso é apenas um dos artifícios do autor para chamar nossa atenção, causar um suspense e, depois, fazer desse episódio mais um motivo para que ele e Beija reatem... Mas quando eu o vi sendo enterrado, perdi completamente as esperanças. Eu simplesmente não acreditava!!!
Se o tivessem assassinado ao final da novela, sua morte já tornaria o último capítulo uma merda, mas, pelo menos a gente ainda teria o gostinho de acompanhar até o fim... Mas e a partir de agora? Qual será a graça da minha novela favorita após a morte de um dos personagens principais?
E o pior é que eu não posso nem atribuir a culpa a Silvio Santos (e esse tipo de coisa é mesmo típico dele), porque o SBT se limitou apenas a reprisar a trama que foi produzida pela Rede Manchete.
Agora a pergunta que não quer calar: com que cara eu irei assistir ao capítulo da segunda-feira?

sábado, 27 de junho de 2009

O enorme pequeno Michael Jackson.


Ele parecia tão inacessível que nem a morte conseguiria atingi-lo. Talvez por isso minha ficha tenha demorado tanto a cair.
Eu sei que sou, neste momento, apenas mais uma, dentre milhões, a escrever sobre ele. Por isso tenho ciência de que qualquer coisa que eu venha a expressar soará como clichê haja vista ser do conhecimento de praticamente todos os seus dons artísticos e sua conturbada vida pessoal.
O fato é que ele me inspira uma imensa compaixão. Não se conseguir imaginar uma pessoa fazendo xixi ou cocô é muito grave. Não que essa seja a fantasia mais agradável que se possa ter, mas, com certeza, é o que mais aproxima o mito do ser humano.
O que sei é que não adianta mais tentar entender como ele conseguia se mostrar tão viril em cima de um palco e, ao mesmo tempo, tão assexuado fora dele.
De qualquer modo, independente de toda polêmica que envolve seu passado, eu, sinceramente, fico a me perguntar o que teria sido se aquele menininho, cuja fofura era proporcional à sensibilidade, tivesse tido a oportunidade de ter traçado um futuro diferente. Se ele tivesse tido a chance de amadurecer emocionalmente à medida que evoluía profissionalmente. Se tivessem colaborado para que ele se desprendesse de sua fragilidade tanto quanto foi a sua contribuição para a musica pop no cenário mundial.
Apenas mais uma homenagem.

Talvez o seu melhor amigo durante a infância.


Ben
Michael Jackson

Composição: Michael Jackson

Ben, the two of us need look no more
We both found what we were looking for
With a friend to call my own
I'll never be alone
And you, my friend will see
You've got a friend in me
(You've got a friend in me)

Ben, you're always running here and there
(Here and there)
You feel you're not wanted anywhere (anywhere)
If you ever look behind
And don't like what you find
There's something you should know
You've got a place to go
(You've got a place to go)

I used to say "I" and "me"
Now it's "us", now it's "we"
(I used to say "I" and "me"
Now it's "us", now it's "we")

Ben, most people would turn you away
(Turn you away)
I don't listen to a word they say
(A word they say)
They don't see you as I do
I wish they would try to
I'm sure they'd think again
If they had a friend like Ben
(A friend)
Like Ben
(Like Ben)
Like Ben

quinta-feira, 25 de junho de 2009

SETE SEMANAS X SETE ANOS


“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Ah... Fernando Pessoa... Provavelmente ao escrever essas lindas palavras, você não havia passado sete semanas lutando contra um amor de sete anos.
Não que eu quisesse batalhar, mas, quando dei por mim, já estava em um dos lados do cabo de guerra, mesmo tendo a certeza de que essa corda arrebentaria previsivelmente do meu lado.
Agora você vem me dizer que o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem?
Enquanto não acreditei que essa sua belíssima expressão surtiria na prática um efeito diferente do que provoca no papel para seus leitores, eu resisti. Mas sete semanas é muito pouco e faz com que eu me sinta tão pequena que você não me deixa outra alternativa a não ser repudiar o que você escreveu e me recolher a minha ínfima insignificância frente a magnitude dos tais sete anos.
Se não confiasse tanto nesse seu texto inútil, talvez não tivesse me permitido imaginar que as míseras sete semanas teriam um significado mais especial. Mas como ser importante, se sete semanas não são sete anos?
Fernando Pessoa, eu sei que você não está mais aqui para se defender, mas não posso deixar de demonstrar minha indignação. Não é nada pessoal, eu insisto. Mas duvido que alguém que amou por sete anos consiga notar alguma relevância em sete semanas. Quem nunca viveu por sete anos, até consegue potencializar as sete semanas, mas, infelizmente, a recíproca não é verdadeira. Por isso eu desejo amar muito mais do que sete anos, mas, no máximo, alguém que, até então, só tenha amado por sete semanas.

sábado, 20 de junho de 2009

Sobre Zuzu.


Talvez eu devesse escrever sobre Zuzu Angel mês passado, já que é em maio o dia das mães... Ou então há anos quando eu representei a mãe de uma guerrilheira no teatro, num trabalho da escola sobre ditadura militar. Mas naquela época valeu o sinal de respeito que demonstrei ao interromper a peça para expor seus feitos. E olha que naquele momento Patrícia Pillar nem sonhava fazer o filme sobre sua vida...
O certo é que sempre é bom falar sobre uma pessoa admirável como ela. Se até Chico Buarque escreveu a musica “Angélica” em sua homenagem, porque eu, em meu humilde bloguinho, não poderia fazer o mesmo?
Se tiver filhos quero ser como ela. Aliás, mesmo que não os tenha, quero ser assim mesmo, pois, seus méritos talvez não advenham da maternidade.
Estilista famosa, situação financeira estável... De dama da sociedade ela se tornou símbolo de todas as mães, ou melhor, de todas as mulheres guerreiras, audaciosas e que não esmorecem frente ao primeiro, segundo ou terceiro não.


Angélica
Chico Buarque

Composição: Miltinho/Chico Buarque


Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?

Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?

Só queria lembrar o tormento
Que fez o meu filho suspirar

Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?

Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar

Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino?

Queria cantar por meu menino
Que ele já não pode mais cantar

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?

Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar