quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Malvada


Gostei muito deste filme, talvez por ele abordar uma questão atemporal, e trazer atuações de gente consagrada como Marilyn Monroe e Bette Davis (que desvia para si todas as nossas atenções), embora seja suspeita para falar, haja vista meu apreço por produções antigas.
É uma obra que expõe até onde o ser humano é capaz de chegar, motivado pela ambição e inveja, porém, com um brilhantismo que não a permite cair no clichê.
A trama é muito bem conduzida, com a narração intercalada entre os personagens, e não apenas de um único, o que gera certo “dinamismo de idéias” e que nos ajuda a entender os acontecimentos sob diferentes óticas.
Aqui no Brasil, recebeu o título “A Malvada”.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Simplesmente deixar...


Ele me pediu, hoje, que o deixasse ir. Não o homem que se tornou, mas aquele menino que eu havia conhecido, anos atrás, quando fez parte de minha vida. Que se incomodava muito por saber que a imagem que eu guardei ficou congelada no tempo, e que não corresponde mais a quem ele se tornou. E que esse julgamento velado volta com toda força, nas mínimas ações, nos comentários mais simples e, aparentemente, ingênuos.
Eu perguntei a mim mesma, depois a ele: “será mesmo que eu consegui perdoar?”
Embora não tenha achado a resposta, ele já sabia: você já me perdoou, só não consegue me deixar ir. Eu não sou quem você guardou e que projeta agora em mim. Essa é você mesma, pois está tudo dentro de você.
Volta e meia a gente escuta a palavra “desapego” e, geralmente, não consegue digeri-la como se deve. Não por não termos a capacidade para compreendê-la, mas por não querermos mesmo. Porque não é fácil abrir mão, mesmo de algo que já não queremos de verdade, há muito tempo. Porque o nosso ego fala mais alto e, lamentavelmente, caímos na nossa própria armadilha. O resultado é um círculo vicioso que pode nos atrapalhar por anos a fio.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um tal "Clube do Biscoito"


Estou tendo a nítida sensação de que "plagiaram" nossa idéia...
No ano de 2009, minhas amigas e eu tomamos a decisão que está, inclusive, documentada aqui, no meu espaço cor-de-rosa.

Eis a inspiação que nós nem conhecíamos:

http://livraria.folha.com.br/catalogo/1160905/o-clube-do-biscoito

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Viva a estratégia!



Nada como ser um bom estrategista....rs

A arte de negociar!

PAI - escolhi uma ótima moça para você casar.
FILHO - Mas, pai, eu prefiro escolher a minha mulher.
PAI - Meu filho, ela é filha do Bill Gates...
FILHO - Bem, neste caso, eu aceito.

Então, o pai negociador vai encontrar o Bill Gates.

PAI - Bill, eu tenho o marido para a sua filha!
BILL GATES - Mas a minha filha é muito jovem para casar!
PAI - Mas este jovem é vice-presidente do Banco Mundial...
BILL GATES - Neste caso, tudo bem.

Finalmente, o pai negociador vai ao Presidente do Banco Mundial.

PAI - Senhor Presidente, eu tenho um jovem recomendado para ser vice-presidente do Banco Mundial.
PRES. BANCO MUNDIAL - Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, mais do que o necessário.
PAI - Mas, senhor, este jovem é genro do Bill Gates.
PRES. BANCO MUNDIAL - Neste caso ele pode começar amanhã mesmo!

Moral da estória: Não existe negociação perdida. Tudo depende da estratégia.

"Se um dia disserem que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:
A Arca de Noé foi construída por amadores; profissionais construíram o Titanic..."

* Texto recebido por e-mail.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cabelo novo!


Muita gente fala que quando uma mulher muda o visual ela está demonstrando seu desejo de mudanças na vida. Ou ainda, que o visual novo reflete as transformações que já começaram a ocorrer.
Meu cabelo, que batia na cintura, agora se encontra na altura do pescoço.
Essa é a terceira vez que radicalizo assim. A primeira, quando fiz quinze anos. Em seguida, mudei para um colégio infinitamente maior do que o que eu havia estudado desde a alfabetização e, realmente, coisas novas começaram a acontecer. A segunda, quando entrei na faculdade. É certo, também, que nessa época um mundo novo se abriu.
Não sei o que vem por aí, mas tenho certeza de que nada será mais como antes. Ou melhor, já não é.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Trinta!








Com um pouquinho de atraso, o que vale é a intenção da postagem; e sua importância.
Fiz trinta anos, não tão de repente assim. Já me preparava psicologicamente para a passagem, creio que, desde os vinte e cinco...
Para mim, o que importa não é chegar aos trinta, mas, sim, passar dos trinta muito bem. E passar dos quarenta, cinqüenta, sessenta, setenta, oitenta e noventa! Não espero chegar aos cem, mas, se chegar, que chegue com estilo, não é mesmo?
Selecionei as imagens de mulheres que, independente de cirurgias plásticas e outras intervenções, ultrapassaram as tais décadas sem perder o charme.

Na ordem:

Sarah Jessica Parker
Christiane Torloni
Meryl Streep
Carolina Herrera
Nathalia Timberg
Olivia de Havilland (Sim! Ela ainda está viva! E mais elegante do que nunca!)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

The summer is tragic!


Muitos costumam me perguntar o porquê de eu não gostar de praia. Quando era criança eu adorava; e é justamente isso que é estranho. Imagino que o meu desamor por praias começou a surgir quando, anos atrás, precisei me afastar por um longo período, devido a um sério tratamento médico para tratar da acne.
Quando esse processo acabou, mais de um ano depois, as idas à praia também foram ficando cada vez mais espaçadas, seja pela falta de oportunidade, tempo ou por eu ter desenvolvido uma espécie de “nojinho,” que pode ser plenamente justificado por meio desse texto engraçadíssimo que eu achei circulando na Internet.


The summer is tragic!
RosanaHermann


Chegou o verão. E com ele também chegam os pedágios, os congestionamentos na estrada, os bichos geográficos no pé e a empregada cobrando hora-extra.
Verão também é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose.
Verão é picolé de Ki-suco no palito reciclado, é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca.
Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis. Mas o principal, o ponto alto do verão é... a praia!!
Ah, como é bela a praia!
Os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção.
Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias.
Os jovens de jet ski atropelam os surfistas, que por sua vez, miram a prancha pra abrir a cabeça dos banhistas.
O verão é Brasil, é selva, é carnaval, é tribo de índio canibal.
Todo mundo nu de pele vermelha. As mulheres de tanga, os homens de calção tão justo que dá até pra ver o
veneno da flecha, e todo mundo se comendo cru.
O melhor programa pra quem vai à praia é chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as famílias estão chegando. É muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa, toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de férias.
Em menos de cinqüenta minutos, todos já estão instalados, besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia.
E as crianças? Ah, que gracinha! Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem.
As mulheres também têm muita diversão na praia, como buscar o filho afogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o
outro pé do chinelo.
Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como perfurar um poço pra fincar o cabo do guarda-sol. É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé.
Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, da maravilha que é entrar no mar! Aquela água tão cristalina, que dá pra ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo. Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva.
Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem aquela vontade de fritar na chapa.

A gente abre a esteira velha, com cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha.
Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor.
Mas, claro, tudo tem seu lado bom. E à noite o sol vai embora. Todo mundo volta pra casa, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia pro próximo. O xampu acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde o creme de barbear até desinfetante de privada. As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa de praia oferece. Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo.
O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em família. Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e torcendo, pra que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundo possa se encontrar no mesmo inferno tropical.
The summer is tragic!

TEXTO PUBLICADO NO PRIMEIRO NÚMERO DA REVISTA "JOVEM PAN", ESCRITO POR ROSANA HERMANN.