quinta-feira, 28 de maio de 2009
Expiação para todos.
Hoje fui fazer as unhas e aproveitei para ler uma revistinha de fofocas. É certo que, fora do salão de beleza e dos consultórios médicos, eu não tenho esse costume, mas, não vou mentir que, quando tenho oportunidade, eu até gosto de explorar o meu lado “mademoiselle”.
Infelizmente li uma reportagem que me deixou muito triste, até conversei com a manicure a respeito. Tratava-se do sofrimento atravessado pela atriz Farrah Fawcett, que está com câncer retal.
Embora lute a alguns anos, parece que a doença está se espalhando, tornando seu abatimento cada vez mais explícito, o que nos choca ainda mais haja vista a imagem que se via refletida no auge de sua carreira.
Toda vez que vejo algo assim, uma mulher que tanto brilhou no passado, praticamente desenganada, entregue a tão dolorosa expiação, eu reflito sobre como a estética, o dinheiro, a fama, e todo esse conjunto de coisas que leva a maioria das pessoas a passarem praticamente a vida toda lutando para alcançar, é efêmero. É óbvio que minhas palavras não passam de um belíssimo chavão. Clichê dos grandes eu assumo. Mas é inevitável não bater na mesma tecla, e dizer o que sinto diante da reflexão sobre nossa curta passagem aqui na Terra.
Para quem não se lembra, ela ficou famosa na TV americana ao integrar, na década de 70, o primeiro elenco da série "As Panteras". Eu me recordo dela, pois, quando era criança, gostava de assistir às reprises do seriado que a Globo exibia durante as tardes. Alem desse sucesso, ganhou alguns prêmios por filmes que também protagonizou. Um deles, que por sinal me marcou muito, foi Cama Ardente (The Burning Bed), que era baseado em fatos reais e narrava à história de uma mulher que sofria nas mãos do marido (muito antes da lei Maria da Penha).
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Que maldade!
Semana passada reencontrei um ex-paquera que não via há mais de nove anos. Ele não mudou muito, estava até mais bonito, por sinal.
Quando chegamos ao bar/restaurante ele já estava sentado ao lado de uma moça e um casal.
Logo que surgiu o Orkut (e todos foram tomados por aquela febre que nos induziu a sair “catando” os ex- colegas, ex-amigos, ex-conhecidos, enfim, todos os ex-alguma coisa de nossas vidas), eu o procurei para ver como estava, por curiosidade mesmo.
Ele já estava namorando, desde aquela época. Confesso que achei a menina bonitinha. Fiquei até feliz por ele ter mantido o padrão. :)
Quando eles se levantaram para ir embora, tive de olhar para ela. Foi inevitável. Não que seja concorrente, não quero mais nada com ele, mas o fato é que, quando olhei para a criatura, pronunciei, de forma espontaneamente nunca vista: nossa como ela é gorda, na foto nem demonstrava tanto!
Eu juro que saiu sem querer, não tinha mesmo intenção de criticá-la...
Sei que essa minha postura não é nada generosa, mas que culpa tenho eu se o quadril da pessoa parecia ser maior que a distancia que separa os braços abertos do Cristo Redentor?
O mais engraçado foi a reação de minhas amigas. Elas tiveram uma crise de riso e, após se entreolharem, comentaram: mas mulher é podre mesmo!
Então, fica a pergunta que não quer calar: porque nosso gênero é tão “inconscientemente” assim?
Coitada da moça... De rosto ela até passa...
Foi-se...
Outra Vez
Roberto Carlos
Você foi!
O maior dos meus casos
De todos os abraços
O que eu nunca esqueci
Você foi!
Dos amores que eu tive
O mais complicado
E o mais simples prá mim...
Você foi!
O maior dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém já escreveu
E é por essas e outras
Que a minha saudade
Faz lembrar
De tudo outra vez...
Você foi!
A mentira sincera
Brincadeira mais séria
Que me aconteceu
Você foi!
O caso mais antigo
E o amor mais amigo
Que me apareceu...
Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim!
Sinto você bem perto de mim
Outra vez...
Me esqueci!
De tentar te esquecer
Resolvi!
Te querer, por querer
Decidi te lembrar
Quantas vezes
Eu tenha vontade
Sem nada perder...
Ah!
Você foi!
Toda a felicidade
Você foi a maldade
Que só me fez bem
Você foi!
O melhor dos meus planos
E o pior dos enganos
Que eu pude fazer...
Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim!
Sinto você bem perto de mim
Outra vez....
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Beijar sapos.
Não, meus amigos, essa postagem não é uma crítica aos meus ex-namorados, ficantes e afins. Trata-se de uma autocrítica. Isso mesmo, eu estarei, nas linhas seguintes, criticando a mim mesma.
Outro dia estava lastimando um término, enchendo o saco de alguém com as minhas lamúrias. E essa pessoa, do nada, me mandou essa imagem. Inicialmente não entendi. Um sapo cheio de beijinhos? Depois ela me explicou que eu não podia ver um que saia agradando.
Eu fiquei pensando por um bom tempo a respeito do comentário. E, enquanto refletia, começaram a voltar a minha mente várias situações que me fizeram crer no quanto ser princesa tem me feito mal.
Voltei a um passado não tão distante e me vi consolando uma criatura que estava desesperada ás vésperas de uma prova da OAB. Foi um interurbano de mais de uma hora em que eu, além de ouvir o seu desabafo sobre todas as suas angustias e inseguranças, ainda pronunciava aquelas palavras de apoio e incentivo que, melhor (ou pior), só em livro de auto-ajuda mesmo.
O problema é que não era apenas uma prova da OAB. Existia muita coisa envolvida por trás. Era toda a frustração profissional aliada a pressões por parte da família e dele próprio. A propósito, não tinha sido a primeira vez que eu havia segurado a sua onda... Agora me perguntem: quem levou o pé na bunda depois?
Uma amiga sempre me fala sobre uma tal de “teoria dos caquinhos”. Segundo ela, um homem nunca permanecerá ao lado de uma mulher que o conheceu em um momento difícil, e que o tenha ajudado a juntar seus cacos, pois, ele terá receio de que ela guarde para sempre a idéia de que ele é um perdedor, um fraco. Não sei se isso faz sentido, mas o certo é que, após passar em um concurso e na própria OAB, e ter voltado a se sentir melhor (a ponto de comprar roupas novas numa referência à terapia do cartão de crédito) ele praticamente me excluiu de sua vida.
Recentemente me envolvi com um que chegou a dizer que seu terapeuta havia falado que ele possuía dois psicólogos: ele e eu.
Confesso que fiquei imensamente feliz ao ouvir isso, afinal, o próprio profissional da área estava reconhecendo o meu talento e dedicação para ser uma namorada compreensiva, companheira, legal, enfim, tudo de que um homem precisa. Mas sabem aquela comunidade que tem no Orkut, “bonzinho só se fode”? Pois é, dessa vez eu me fodi com psicólogo e tudo. E acho que, naquele momento, eu ainda não tinha tido noção da gravidade do meu caso e de que ser boazinha é de fato um problema.
A realidade é muito simples: sapos serão sempre sapos. E não adianta querer transformá-los em príncipes beijando-os porque isso só acontece em contos de fada. Aliás, eles podem até virar príncipes, mas dificilmente nos levarão para seus reinos.
E querem saber? Eu também cansei de ser princesa.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
O que realmente importa!!!
O Mundo Anda Tão Complicado
Legião Urbana
Composição: Renato Russo
Gosto de ver você dormir
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
Que a mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som
Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa
é a chave que sempre esqueço
Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um p'ro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você
Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo
Por amor
Eu amo tudo o que foi
Hoje, ao abrir meu orkut, encontrei, na página de recados, esse poema. Eu sempre recebo de um amigo essas palavras bonitas, as vezes trechos de músicas, as vezes orações. Ele envia para todos de sua rede e eu também acabo sendo agraciada.
Não me surpreendeu, por isso, a sua mensagem, mas, o fato dela expressar muito do momento que estou passando. Aliás, não é a primeira vez que eu tenho a sensação de que as mensagens enviadas para mim chegaram no momento certo.
Eu amo tudo o que foi
(Fernando Pessoa)
Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
Deixa estar...
Let It Be
The Beatles
Composição: John Lennon e Paul McCartney
When i find myself in times of trouble
Mother mary comes to me
Speaking words of wisdom, let it be.
And in my hour of darkness
She is standing right in front of me
Speaking words of wisdom, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
Whisper words of wisdom, let it be.
And when the broken hearted people
Living in the world agree,
There will be an answer, let it be.
For though they may be parted there is
Still a chance that they will see
There will be an answer, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
There will be an answer, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
Whisper words of wisdom, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
There will be an answer, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
There will be an answer, let it be.
And when the night is cloudy,
There is still a light that shines on me,
Shine on until tomorrow, let it be.
I wake up to the sound of music
Mother mary comes to me
There will be no sorrow, let it be.
Let it be, let it be.
Let it be, let it be.
There will be no sorrow, let it be.
Let it be, let it be,
Let it be, let it be.
Whisper words of wisdom, let it be.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Venha me beijar...
Essa é uma das cenas de beijos de Hollywood que mais me emocionam. É de um erotismo tão intenso e de uma sensualidade tão expressiva que não tem como não evitar a excitação. É do filme Drácula de Bram Stoker. Excelente filme, por sinal, principalmente para mim que adoro essas histórias com inspiração medieval e temas afins.
Acho que me lembrei dessa imagem porque estava ouvindo a musica “Doce Vampiro” de Rita Lee, que também é altamente envolvente...
Mas voltando a imagem em questão, reparem no forte contraste das cores, na maneira como ele a posiciona (ela está completamente entregue, vulnerável), na postura de dominação e zelo que ele tem para com ela... A forma como ele segura seu rosto, a firmeza de suas mãos ao apertar aquele corpo praticamente inerte contra si... Nossa!!! O que um beijo pode causar... Ai ai...
Doce Vampiro
Rita Lee
Venha me beijar
Meu doce vampiroooo
Ou ouuuuu
Na luz do luar
Ãh ahãããããh
Venha sugar o calor
De dentro do meu sangue...vermelhoooo!
Tão vivo tão eterno...veneno!
Que mata sua sede
Que me bebe quente
Como um licor
Brindando a morte e fazendo amor...
Meu doce vampiro
Ou ouuuuu
Na luz do luar
Ãh ahãããããh
Me acostumei com você
Sempre reclamando, da vidaaaa
Me ferindo, me curando..a ferida
Mas nada disso importaaaa
Vou abrir a portaaaa
Prá você entrar
Beija minha boca
Até me matar...
Cha lá lá lá
Ou ouuuuu
Cha lá lá lá
Ou ouuuuu...Ou ouuuuu
Ãh ahãããããh
Ou ouuuuu...Ou ouuuuu
Ãh ahãããããh
Ãh ahãããããh
Me acostumei com você
Sempre reclamando da vidaaaa
Me ferindo, me curando...a ferida
Mas nada disso importaaaa
Vou abrir a porta
Prá você entrar
Beija a minha boca
Até me matar...de amoooor!
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Amanhã...
Amanhã
Composição: Guilherme Arantes
Amanhã
Será um lindo dia
Da mais louca alegria
Que se possa imaginar
Amanhã
Redobrada a força
Pra cima que não cessa
Há de vingar
Amanhã
Mais nenhum mistério
Acima do ilusório
O astro-rei vai brilhar
Amanhã
A luminosidade
Alheia a qualquer vontade
Há de imperar
Amanhã
Está toda a esperança
Por menor que pareça
Que existe é pra vicejar
Amanhã
Apesar de hoje
Ser a estrada que surge
Pra se trilhar
Amanhã
Mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã
Ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno, será pleno
Amarige no cangote!
Ontem meu tio telefonou dizendo que vai mandar, por intermédio de um amigo, o presente de dia das mães para minha avó.
Ela ainda não sabe, mas vai rolar um “Amarige” básico...
Eu já me imagino como pinto no lixo quando o presente chegar (até parece que é para mim).
Ele chegou a brincar: Você vai aproveitar para pegar a ponga, né tia? Então eu respondi: Mas é claro! E você acha que eu vou perder uma bocada dessas, meu tio?
Na realidade, minha avó nunca consegue usar mais de um terço dos perfumes importados que meu tio geralmente costuma presenteá-la, seja no aniversário, seja no dia das mães. E eu, guiada apenas pela minha visão altruísta, com intuito único de evitar o desperdício, sempre acabo dando conta do restante.
Como meu primo foi ao Amapá recentemente para prestar um concurso para juiz, acabou comprando do vidrão, pois parece que lá é bem mais barato. Meus olhinhos brilharam ao ouvir a palavra “vidrão” que ficou se repetindo em minha mente por um bom tempo.
O fato é que eu sou completamente apaixonada por perfumes. E sabe aquela história de usar sempre a mesma fragrância a fim de que se construa uma “marca registrada”? Comigo não tem nada disso. Eu gosto mesmo é de variar, cada dia um novo cheiro, afinal, não quero que os cidadãos enjoem... Nada de cair na rotina... :)
Portanto, próxima saída, Amarige no cangote!
sábado, 2 de maio de 2009
Como Tita
Como Água para Chocolate é, em minha opinião, um dos mais belos filmes do cinema latino-americano em todos os tempos. Nossa... Eu devia ter uns 13 ou 14 anos, mas parece que foi ontem que eu o assisti.
Vez ou outra algo me remete a essa obra que me tocou tanto. Hoje, por exemplo, eu me senti como Tita, a protagonista. Não em relação aos dotes culinários, pois, às vezes, nem eu mesma consigo comer o que faço... Se é que eu consigo efetivamente produzir alguma coisa na cozinha, alem de bagunça, é claro... Mas isso não vem ao caso agora. Refiro-me ao fato de, coincidentemente, me visualizar agindo como ela. Aplicando determinados mecanismos que têm funcionado, assim como para Tita e Pedro, como sinais, numa tentativa peculiar de não deixar que uma chama de esperança se apague, mesmo quando percebo que ela está tão fraquinha...
Bem, o fato é que Tita usava suas receitas como forma de comunicação. E Pedro compreendia exatamente tudo que ela queria expressar, todo seu sentimento, por meio de cada alimento preparado por ela.
Eu não sei cozinhar, mas, acho que tenho conseguido me fazer entender perfeitamente pelo meu Pedro por meio do que eu escrevo. Meus ingredientes são as palavras que, deixo soltas, na expectativa de que, lendo, ele possa me sentir um pouco mais perto. Os condimentos talvez sejam as inspirações que tenho tido a fim de dar vazão a toda emoção que carrego dentro de mim e que tem sido externada sutilmente para sua lenta absorção...
E assim como Tita envolvia Pedro, vou tentando fazer de meus textos suas refeições.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Tempo, tempo, tempo...
Alice suspirou enfastiadamente. "Eu acho que você deveria fazer coisa melhor com seu tempo", ela disse, "ao invés de gastá-lo com charadas que não têm resposta."
"Se você conhecesse o Tempo tão bem quanto eu conheço", o Chapeleiro falou, "não falaria em gastá-lo como se fosse uma coisa. Ele é uma pessoa."
"Eu não sei o que você está dizendo", disse Alice.
"Claro que não!", o Chapeleiro disse, sacudindo a cabeça desdenhosamente. "É muito provável que você nunca tenha falado com o Tempo!"
"Talvez não", Alice replicou cautelosamente, "mas eu sei que tenho que marcar o tempo quando aprendo música."
"Ah! Isso explica", concluiu o Chapeleiro. "Ele não vai ficar marcando compasso para você. Agora, se você ficar numa boa com ele, poderá fazer o que quiser com o relógio.
LEWIS CARROLL
Alice no país das maravilhas
Tradução de Clélia Regina Ramos
Trecho do Capítulo 7
Um chá maluco
Aprender com as águias.
Vi por acaso o trecho do texto “Aprender com as águias”, de Frei Betto,
no Orkut de uma amiga. Achei interessante. Concordo e estou tentando colocar em prática. Faz parte de meu exercício diário...
“... Mas é preciso voar até a montanha. De cima, vê-se melhor. Talvez por isso Deus, ao criar o ser humano, tenha colocado a cabeça acima do coração. Ver com as emoções é correr o risco de desfigurar os desenhos. Os contornos mostram-se muito mais nítidos quando observados com serenidade...”
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