quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Longe do super homem...



Agora a pouco fui ao quarto de minha mãe e vi, de relance, uma cena do filme que ela parou para assistir por alguns minutos antes de novamente trocar o canal buscando algo produtivo para se entreter durante as tardes.
Tarzan salvava Jane de uma tribo de canibais. Nada imprevisível em se tratando das “excelentes” opções que nos são disponibilizadas nesse horário. Porém, o que me chamou atenção, foi o vínculo que criei, de imediato, com a condição dos relacionamentos, desde a questão instintiva, até os aspectos sociais contemporâneos envolvidos.
Com esse lance de começar a escrever, de criar um blog, alguns amigos começaram a me chamar carinhosamente de “Lois Lane”. Mas o que aquela mulher realmente escondia por trás daquela ânsia por conquistar seu espaço? Será que, no fundo, ela não passava de uma Jane a espera de um Tarzan?
Eu acredito, sinceramente, e, por me perceber envolvida nessa mesma condição, que essa resposta não seja tão simples. Se fosse algo tão objetivo, com certeza não teríamos tantos livros, medíocres na maioria das vezes, de auto-ajuda, transformados em best seller em decorrência do volume de vendas.
As feministas que me perdoem, mas meu sexo é mesmo muito frágil. Entretanto, não penso que esperar por um “super homem” seja a melhor opção, afinal, quem estará ao lado da “mulher real” às três horas da madrugada quando o bebê estiver chorando por qualquer razão? Acredito que Lois Lane não entendeu que, em algum momento, justamente por não querer abdicar de sua carreira em ascensão, seria importante ter alguém ao lado, não um super homem, mas, talvez, um Clark Kent.
O que importa verdadeiramente é caminhar, ou, até mesmo, voar, desde que estejamos juntos, na mesma direção.

Um comentário:

  1. É a velha questão da busca pela pessoa "certa". Busque a "errada",imperfeita que é necessária a sua evolução naquele momento. Afinal o que é certo e errado?

    ResponderExcluir