sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aniversário do Blog!!!


Hoje faz um ano que eu comecei a escrever. O “Fine Biscuit”, que denominei, carinhosamente, “espaço cor- de- rosa”, vem fazendo sucesso e ganhando cada vez mais seguidores.
De lá para cá, demonstrei tantos sentimentos... E entre presepadas e coisas sérias, fui deixando um pouco de mim. É a minha vida refletida por meio de palavras!
Que maravilha...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Os Infortúnios da Virtude...


Sade era um grandessíssimo sacana. Disso não tenho dúvidas. Mas estou convencida, também, de que poucos conseguiram externar o podre que habita em nós, de maneira tão realista e direta.
Finalmente eu satisfiz o meu desejo antigo de ler Justine ou Os Infortúnios da Virtude, que dizem ser a sua melhor realização. As quase duzentas páginas foram devoradas em menos de vinte e quatro horas (não sei se pela capacidade de envolvimento da obra, ou se pela minha curiosidade, principalmente pelo fato do livro ter chegado até mim sem que eu esperasse). Será que o Marquês consideraria isso um infortúnio conseqüente à minha virtude?
Por meio do sofrimento de nossa heroína e, muito antes de Darwin e sua teoria sobre a evolução das espécies pela seleção natural, Sade faz uma crítica feroz ao ser humano.
Justine, a personificação da boa fé, a cada gesto de generosidade era levada ao martírio. A inocência, uma de suas principais características, tornava-na um alvo fácil perante a lei do mais forte.
Enquanto sua irmã Juliette transformava-se em uma mulher bem sucedida, por ter optado levar uma vida oposta a tudo que se considera politicamente correto e justo, ela ia colhendo os infortúnios causados por sua própria virtude.
Figuras como a perigosa Dubois ou o tirano Dalville que era, segundo a própria Justine, “o mais rico dos criminosos da Terra”, nos induzem a acreditar na maldade como algo mais próximo do que se possa idealizar. Suas expressões altamente convincentes tentam nos levar a entender tudo que justifique o que há de mais cruel no mundo.
Se não bastasse a “essência maldita”, membros do clero tornaram-se personagens repugnantes aos olhos de qualquer pessoa que se limite a alguns tapinhas. Isso contribuiu ainda mais para que o autor fosse repudiado pela Igreja. Além disso, a religião é apresentada como um refúgio para os fracos.
O final é realmente especial, e contém uma sátira digna da acidez e sarcasmo naturalmente peculiar ao Marquês.
Longe de ser um trabalho pornográfico, os detalhes que envolvem sexualidade ficam a cabo de nossa própria imaginação. E talvez seja isso que nos choque, não suas palavras.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Amor de Verão, Outono, Inverno e Primavera...


Chega-me como o Verão, cuja virilidade me inebria de modo que não me deixa alternativa a não ser recebê-lo. E o Verão é quente, lascivo, e me leva ao muito esperado desconhecido. Traduz em mim a verdadeira vontade de transcender o que me vinha sendo lógico por toda vida. Faz-me tão disposta que me acabo brega em seus braços, ouvindo suas canções.

Então se vira Outono, e não é mais o mesmo macho. Eu me pergunto, mas insisto sem entender, pois o que tenho é muito bom; é melhor. E prossigo, porque a volúpia já não é mais a protagonista dessa história. O que me move é a nobreza do que nos une. E tudo isso implica felicidade.

Como Inverno ainda é bem vindo. Eu sabia, desde quando Verão, que seria assim. É tão esperado que nem faço festa, apesar da dor. Eu gosto do frio, pois ele mensura o que sinto e me inspira a continuar.


Depois de tudo é Primavera...

Pastorinha amorosa...


O Pastor Amoroso
Alberto Caeiro


O pastor amoroso perdeu o cajado,
E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,
E de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe pira tocar.
Ninguém lhe apareceu ou desapareceu.
Nunca mais encontrou o cajado.
Outros, praguejando contra ele, recolheram-lhe as ovelhas.
Ninguém o tinha amado, afinal.
Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo:
Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre,
As grandes montanhas longe, mais reais que qualquer sentimento,
A realidade toda, com o céu e o ar e os campos que existem,
estão presentes.
(E de novo o ar, que lhe faltara tanto tempo, lhe entrou fresco
nos pulmões)
E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor,
uma liberdade
no peito.

Sobre a Ilustração: Pastorinha de cabras

Cheng Minsheng ( QinDu, China, 1943)

Dalva e Herivelto!


Ontem fui a uma feijoada na casa de um amigo e sentei-me a uma mesa junto com outros amigos dele (que eu, até então, não conhecia). Inicialmente pensei que ficaria meio deslocada no ambiente, porém, quando percebi que o assunto era a mine-serie “Dalva e Herivelto”, senti-me praticamente em casa!
Que trabalho maravilhoso... Adriana Esteves apresentou-se de forma magistral... E Fafy Siqueira, ah... Acho que essa se saiu ainda melhor que a Dercy Gonçalves original!
As imagens foram de uma carga dramática impressionante e as cenas finais, principalmente a da morte da protagonista, ouvindo seu filho cantar ao seu ouvido, como se a estivesse ninando, foi de um lirismo que me fez chorar muito...
Também fiquei comovida com a cena em que ela sonha com a chegada de Herivelto (que na vida real não teve a mesma compaixão, e não a visitou em seu leito de morte).
A analogia fidedigna com os artistas daquela época, como as cantoras do rádio Marlene e Emilinha Borba, Nelson Gonçalves, Ataulfo Alves, dentre outros, também contribuiu para que o entretenimento prendesse nossa atenção ainda mais.
Estou convencida de que, digam o que quiserem... Mas a Globo bota mesmo para quebrar!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Para você.



Branquinha Mal-Humorada,

Não sejamos Bandeirantes. Viver “sempre alerta” é ruim demais.
Respeitemos nossas essências, que não precisam ser distorcidas apenas para que tenhamos garantido o sossego por mais uma noite.
Não pensemos antes de falar, pois é gostoso verbalizar os instintos. E não nos arrependamos pelo bem que nos fazem soar como mal.
Continuemos doces como no primeiro dia, pois, o nosso encantamento é só nosso, e não merece se perder.
Tenhamos força para aceitar que sermos apenas mais uma na multidão é o que nos torna melhores.
Não deixemos que o medo vença a esperança e, muito menos, que o orgulho atropele o amor.
Não façamos do receio do mal algo que nos impeça de enxergar o bem. Não percamos a nossa fé.
Mergulhemos outras vezes se isso nos resul tar felicidade plena, mesmo que por alguns instantes.
Preservemos os nossos sorrisos, eles realçam o nosso verdadeiro humor. Sejamos, somente, branquinhas.

Biscoito Fino.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ode a minha tosse que parecia não ter fim.


As vezes faço perguntas a Deus, muitas delas por intermédio de Jesus, Nossa Senhora e mais uma galera de Mártires , e fico aguardando as respostas, ao meu modo. Só que muitas delas chegam por meio de sinais que, geralmente, eu até entendo, mas, bem depois...
Anos atrás, assisti a uma entrevista de Divaldo Franco, em que ele relatou uma história vivenciada por ele. Ela se assemelha muito a outra, protagonizada por mim, nesse ano que acabamos de deixar para trás.
Procurei na internet exatamente o que foi dito por ele, mas, como não achei nenhum registro, contarei, com minhas próprias palavras, o resumo de maneira respeitosa e fidedígna.
Divaldo fazia uma viagem de trem, quando ainda era jovem. No seu vagão, estava sentada uma bela moça e, perto dela, sentou-se um rapaz com ares de sedutor. Na realidade, Divaldo percebera quais as reais intenções daquele indivíduo e, notando, também, a ingenuidade da garota, rogou a Deus a intervenção de espíritos benfeitores a fim de que ele não obtivesse êxito em seus intuitos.
Algum tempo depois, ele percebeu a chegada de uma criatura que emanava muita luz. Divaldo agradeceu sua presença e acompanhou com o olhar o que seria feito por ela. Reparou que ela se aproximou da moça, colocou-se atrás dela e, começou a influenciá-la de algum modo.
Divaldo ficou preocupado, e tentava, na época, inexperiente, mostrar ao amigo espiritual, que o alvo não era a moça, mas, sim, o tal rapaz. Ele fazia sinais, apontava discretamente, tentava expressar, inutilmente, que o irmão de luz estava enganado; a moça era quem precisava de ajuda! Aquele rapaz, cheio de más intenções, era quem deveria ser influenciado a se afastar da jovem indefesa.
O tempo foi passando, o canalha contando histórias e mais histórias, que iam envolvendo a donzela, enquanto o amigo espiritual continuava a ignorar os apelos de Divaldo. Se ele pudesse, falaria alto: “Não, irmão querido, vá para o lado do rapaz, ele sim, precisa ser influenciado a sair de perto da jovem!”.
Alguns instantes depois, a moça começou a enjoar. A náusea foi tão inesperada que ela não teve condições de dirigir-se ao banheiro, vomitando, ali mesmo, toda refeição, no terno do rapaz...
Após esse constrangimento, ele ficou enfurecido e, obviamente, quebrou-se todo o clima...
O espírito ainda fez questão de sorrir para Divaldo. Era a prova de que sabia o que fazia. E Divaldo aprendera mais uma lição.
Talvez aquela moça tenha se culpado por um longo período... Possivelmente ela não tenha entendido que o seu vômito tenha significado sua própria salvação.
Eu tossi por quase dois meses, sem parar. Fui a vários médicos, dentre clínicos e pneumologistas. Fiz exames, mas, graças a Deus, “aparentemente”, a origem de minha tosse era desconhecida.
Ela só cessou depois que nós nos afastamos. E sei também que não nos distanciamos por conta disso. Mas estou convencida de que esse foi o principal intuito de Deus, por intermédio de quem me protege.
Não que eu fosse tão ingênua e ele tão canalha. Mas hoje eu não preciso mais tossir.


Divaldo Pereira Franco é natural de Feira de Santana, Bahia, Brasil.
É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade.
Fundou, juntamente com seu fiel amigo Nilson de Souza Pereira, o Centro Espírita Caminho da Redenção e a Mansão do Caminho, que atendem a toda a comunidade do bairro de Pau da Lima, em Salvador, beneficiando milhares de doentes e necessitados.

O amor que ele sente por mim...


Sim, ele agora me ama!
Muitos meses depois do post “O ódio que ele sente por mim”, escrito em junho de 2009, não poderia deixar de reconhecer que ele agora está se esforçando para me agradar. Eu sei que, lá no fundo, ele continua não sendo tudo aquilo que eu sempre sonhei, mas, nem tudo nessa vida é como a gente quer, nao é mesmo? Mas isso não importa, nada mais importa depois da escova progressiva...
Ah... Meus amigos... Definitivamente, a escova progressiva é a evolução da humanidade!